
A parte do público que prefere desprezar Woody Allen lembra que ele foi acusado de molestar sexualmente a filha adotiva, Dylan, em 1992. E que se envolveu com a enteada Soon-Yi quando esta tinha 19 anos (e ele, 56). A sul-coreana Soon-Yi foi adotada por Mia Farrow no casamento com o músico André Previn.
O embate turbulento rendeu mais perguntas do que respostas. Parece que os advogados de ambos os lados conseguiram neutralizar um ao outro.
Os juízes decidiram que as provas eram inconclusivas e que não valia a pena nem sequer processar o cineasta. Isso significa que o caso não chegou a existir – ele não foi processado. Até hoje, nenhuma das acusações foi provada – Allen ainda diz que não fez nada e Mia diz ainda que ele fez.
No ano passado, uma reportagem publicada pela revista “Vanity Fair” desenterrou o caso e voltou a falar com Dylan, então com 28 anos.
Ela mudou de nome e diz lembrar bem do dia em que foi molestada pelo pai, quando tinha apenas 7 anos. Há quem diga que Dylan foi manipulada pela mãe para pensar assim.
Mesmo durante o julgamento, uma das questões levantadas pela defesa foi a de que não só Dylan, mas também as babás chamadas a depor foram pressionadas por Mia. (Uma delas admitiu ter sofrido pressão, segundo o “Los Angeles Times”.)
Em defesa de Woody Allen, fãs argumentam que ele está com Soon-Yi há mais de duas décadas, com ela adotou duas crianças e nunca mais foi alvo de acusações de abuso.



