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Cinema

“Anomalisa” dá para o público algo incrível: distância do cotidiano

Cena de “Anomalisa”, de Charlie Kaufman. | Divulgação
Cena de “Anomalisa”, de Charlie Kaufman. (Foto: Divulgação)

“Anomalisa” é um filme tristíssimo. Mas não sentido que dramas sobre doença, morte e tragédia são tristes. Ele é vida-cotidiana-triste.

A história é simples: um homem se apaixona por uma mulher. E os personagens são comuns: o homem está em crise no casamento e ganha a vida dando palestras motivacionais; a mulher é atendente de telemarketing.

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O extraordinário em “Anomalisa” está na forma como a história é contada. O filme é uma animação feita com personagens “de massinha”, na técnica de stop-motion (como são “Wallace e Gromit” e “A Fuga das Galinhas”, se é que essas referências fazem sentido para você).

Então o que se vê na tela é um homem de meia idade nu, tomando banho no chuveiro do hotel que esquenta demais. O homem e a mulher ficando juntos, tirando as roupas e transando. Ele fuma, muitos bebem. Há discussões sobre relações, tédio e indiferença.

Ao usar figuras obviamente falsas – as emendas nas cabeças dos bonecos são visíveis o tempo todo –, o roteirista e diretor Charlie Kaufman (o mesmo que escreveu “Brilho eterno de uma mente sem lembranças”) dá para o público algo incrível: a distância necessária para ver uma vida cotidiana como se fosse algo completamente novo.

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