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Com poucos recursos, ‘O Homem nas Trevas’ passa a perna nos filmes de herói

Suspense construir uma reviravolta que culmina com uma das sequências mais radicais do cinema de horror recente

Ladrões tentam roubar um cego em “O Homem nas Trevas”. | Divulgação
Ladrões tentam roubar um cego em “O Homem nas Trevas”. (Foto: Divulgação)

Enquanto os fãs do cinema pop se dividem entre Marvel vs. DC, as duas maiores fábricas de super-heróis dos Estados Unidos, um gênero caminha sorrateiro e lucrando tanto quanto um “Esquadrão Suicida”: o horror.

Em 2016, o gênero mostrou que não precisa de orçamento gigante para ganhar muito dinheiro - caso de “Quando as Luzes se Apagam”, “Invocação do Mal 2” e “O Homem nas Trevas”, que estreia no Brasil nesta semana.

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O longa dirigido pelo uruguaio Fede Alvarez (do remake de “A Morte do Demônio”, lançado em 2013) está há duas semanas na liderança das bilheterias americanas e já rendeu US$ 55 milhões — lucrando cinco vezes mais que seu orçamento de pouco menos de US$ 10 milhões. Barato e lucrativo, palavras que qualquer produtor de Hollywood adora. “A indústria é assim, não há muita mágica”, conta Alvarez, que foi descoberto pelo cineasta Sam Raimi por causa de um curta de ficção científica no YouTube.

A casa de “O Homem nas Trevas”, como em qualquer longa do gênero, é um personagem a parte. O cenário foi feito em Budapeste, mas na trama ela fica em Detroit, uma cidade que cada vez mais torna-se fantasmagórica com a crise da indústria automobilística na região.

Um trio de jovens ladrões invade a residência de um veterano de guerra cego (Stephen Lang, de “Avatar”) para roubar o dinheiro de um processo vencido após uma tragédia familiar.

O roubo, claro, falha. A obra de Alvarez ousa construir uma reviravolta que culmina com uma das sequências mais radicais do cinema de horror recente.

“Quando fizemos testes com público, os homens olhavam para o lado de nojo e as mulheres gritavam de alegria.”

“Quando fizemos testes com público, os homens olhavam para o lado de nojo e as mulheres gritavam de alegria”, diz o diretor, com um sorriso sádico.

“Eu bloqueei esse momento da minha mente. Só percebi isso quando revi o filme”, brinca Lang, que não sabia da sequência até o dia da filmagem. “Se eu contasse para os atores ou mostrasse antes para o público, seria como armar uma bomba. Todo mundo só ficaria pensando nisso ou falando em como desarmar a bomba. Escondi de propósito”, conta o uruguaio.

Stephen Lang, por outro lado, precisou treinar vendado para interpretar um deficiente visual e decorar o cenário da sua casa fictícia, pois suas lentes brancas eliminavam 60 por cento da sua visão. “Foi um exercício de construção de confiança, porque Fede falava ‘ação’ e eu ficava cego”, diz ele.

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