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Arlequina (ao centro): química com o Coringa | Warner Bros./Divulgação
Arlequina (ao centro): química com o Coringa| Foto: Warner Bros./Divulgação

Originalmente foi imaginado por alguns como sendo só o outro filme de 2016 da DC Comics que viria depois de “Batman vs. Superman: A Origem da Justiça”. Em vez disso “Esquadrão Suicida” é a confirmação de que o universo cinematográfico da DC tem um lugar na atual era de filmes de super-heróis. Esse é um sentimento que “Batman vs. Superman” não foi capaz de suscitar.

O grande elefante cor de kriptonina na sala é que as tentativas da DC Entretenimento de imitar o sucesso dos Estúdios Marvel criando seu próprio universo cinematográfico interconectado começaram mal. Personagens chave como Batman e Mulher Maravilha foram estabelecidos de maneira bem sucedida, com Ben Affleck e Gal Gadot entregando atuações aprovadas pelos fãs em “Batman vs. Superman”. Contudo, a DC estava tentando acertar para fora do estádio com “Batman vs. Superman” e só chegou até a segunda base (ou teve de retroceder à primeira, dependendo da sua opinião).

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“Esquadrão Suicida” é o home run de que o universo cinematográfico da DC Comics sempre foi capaz.

O diretor David Ayer encontra o equilíbrio perfeito entre ação, drama, “easter eggs” dos quadrinhos para extasiar os fãs – isso sem mencionar algumas escolhas incríveis de sucessos clássicos de hip-hop e rock – para fazer um filme que deveria ser considerado um dos melhores que a Warner Brothers e a DC já produziram juntos.

Se há um salão da fama para a excelência cinematográfica da DC Comics, para filmes que encarnam o coração e a alma da DC Comics e seguiram para se tornar acontecimentos da cultura pop (pense no primeiro “Superman” de Christopher Reeve, o “Batman” de 1989 e a trilogia do “Cavaleiro das Trevas”), “Esquadrão Suicida” pertence a ele.

Mais importante, “Esquadrão Suicida” é muito divertido. É cheio de caras maus, e, mesmo com uma nuvem negra pairando sobre si por duas horas, nunca perde o senso de humor. Seja lá qual o processo criativo que fez de “Esquadrão Suicida” o que é, deveria ser engarrafado e borrifado sobre o resto dos próximos filmes do universo cinematográfico da DC.

“Esquadrão Suicida” é um filme engraçado, divertido e sombrio que mostra que a DC Comics tem um futuro no cinema muito mais promissor do que imaginávamos.

Aqui estão as sete conclusões que tiro de “Esquadrão Suicida”.

1. Uma Amanda Waller autêntica

Viola Davis foi perfeitamente escalada para o papel de Amanda Waller. Essa não é a primeira vez que vemos Amanda Waller em filme. Angela Basset a interpretou no esquecível “Lanterna Verde” lá em 2011. A versão de Davis é impiedosa, sem remorso e claramente no comando do Esquadrão Suicida. Exatamente da maneira como deveria ser. O Super-Homem está morto depois de salvar o mundo do Apocalypse em “Batman vs. Superman” (não se preocupe, ele vai voltar eventualmente), e Waller convence o governo de que a próxima pessoa que chegar à Terra com poderes como aqueles pode não ser tão legal quanto o Homem de Aço. Isso dá luz ao Esquadrão Suicida, e apesar de a equipe estar repleta dos piores vilões que o universo DC tem a oferecer, Waller é, acima de todos, a pessoa com quem ninguém brinca. Poder de barganha contra os membros do Esquadrão Suicida é seu superpoder, e ela o usa com a precisão de uma navalha.

2. O Coringa e Arlequina estão magnéticos

De Cesar Romero a Jack Nicholson e a performance ganhadora do Oscar de Heath Ledger, passando pelos talentos de dublagem de animação de Mark Hamill, o maior inimigo do Batman tem muita história. Leto tinha de reinventar o personagem exatamente como os atores que vieram antes dele. Ele faz isso muito bem. O Coringa de Leto é o mais próximo à versão dos quadrinhos que já vimos na tela (encarnando em alguma medida o Coringa que apareceu na temporada do escritor Scott Snyder e do artista Greg Capullo nos quadrinhos da DC do Batman), enquanto traz algo novo ao mesmo tempo. Esse Coringa parece mais jovem, com uma ousadia das ruas e um tanto de marra de gângster que não vimos antes, e, como todo Coringa , sempre está um passo à frente de todo mundo. O que provoca esse Coringa? Arlequina. A Harley de Margot Robbie rouba a cena. Ela é o brilho e a cor de um sombrio Esquadrão Suicida. Além disso, essa combinação nos dá algo que nunca vimos antes em uma performance do Coringa: romance. Warner Brothers e DC seriam prudentes de por esses dois juntos na tela o quanto puderem no futuro.

3. O Bat-fleck retorna

As aparições do morcego são breves, mas nos dão mais um olhada no Batman surpreendentemente (para alguns) cativante de Affleck e nos lembram que “Esquadrão Suicida” está conectado com “Batman vs. Superman”.

4. Will Smith manda bem como o Pistoleiro

Mesmo em um filme com o Coringa, Arlequina e Batman, o Pistoleiro de Smith não é ofuscado. A força da estrela de Smith brilha por através dos demais, mas não tão brilhante a ponto de parecer apenas Will Smith disfarçado de supervilão. Apesar de ser o mais letal assassino da equipe, o Pistoleiro parece ser o único com uma consciência. Ele vai derrubar qualquer um com uma bala se o preço estiver certo (e de maneiras bem interessantes), mas tem um ponto fraco pela sua filha e prova ser um companheiro de equipe surpreendentemente leal no Esquadrão Suicida.

5. Sem Tom Hardy? Sem problema?

Lembra de quando Tom Hardy foi escalado como o braço direito de Amanda Waller, Rick Flag? E então decidiu desistir, devido a conflitos de agenda, segundo relatos, apesar de ter havido rumores de que ele não estava feliz com o tempo de tela de Flag no roteiro final de “Esquadrão Suicida”? O filme não sofreu com sua partida. Ainda que pudesse ter sido ótimo incluir Hardy em um elenco só de estrelas depois de ele já ter entregado uma atuação memorável para a Warner Brothers/DC como Bane em “O Cavaleiro das Trevas Ressurge”, a atuação de Joel Kinnaman foi boa o suficiente.

6. O diretor David Ayer é agora um dos maiores ativos da Warner Brothers/DC

A primeira medida de negócios da Warnes Brothers e da DC deveria ser garantir que Ayer não vá embora. Ayer, cujo currículo inclui o roteiro de “Dia de Treinamento” e a direção de “Marcados para Morrer” e “Corações de Ferro”, lidou bem com a pressão de um filme de super-herói de grande orçamento. A questão é: ele permanecerá no mundo de “Esquadrão Suicida” com sequências ou tentará a chance em outros cantos do universo DC?

7. Bem no final

“Homem de Aço” e “Batman vs. Superman” não tiveram cenas depois dos créditos, o que pode te levar a acreditar que isso é simplesmente algo que a DC não faz. Esse não é o caso aqui. Lembre-se de ficar até o final.

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