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Em “A Colina Escarlate” Tom Hiddleston interpreta o nobre inglês Thomas Sharpe, que leva a esposa para viver uma mansão assombrada por barulhos estranhos e criaturas aterrorizantes. | Divulgação
Em “A Colina Escarlate” Tom Hiddleston interpreta o nobre inglês Thomas Sharpe, que leva a esposa para viver uma mansão assombrada por barulhos estranhos e criaturas aterrorizantes.| Foto: Divulgação

De um diretor como Guillermo de Toro espera-se muito, principalmente no campo em que já mostrou destreza, o do horror e da fantasia. Dele são os dois divertidos filmes “Hellboy” e o sensacional “O Labirinto do Fauno”, que mesclava drama histórico com conto de fadas macabro. Seu novo filme, “A Colina Escarlate”, que estreia nesta quinta-feira (15), segue por essa última vertente. Mas o resultado final é assustadoramente decepcionante.

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Em meados do século 19, a jovem Edith Cushing (Mia Wasikowska) desafia as convenções da época tentando se firmar como escritora. Por envolver fantasmas, seu livro é considerado pouco atrativo e deveria incluir alguma “história de amor”. O único que demonstra interesse na obra é o nobre inglês Thomas Sharpe (Tom Hiddleston), que chega à cidade para tentar fazer negócios acompanhado da irmã, Lucille (Jessica Chastain).

Thomas e Edith se apaixonam, mas o pai da garota (Jim Beaver), desconfiado, investiga a vida do inglês e descobre algum podre do passado. Ele exige que o rapaz deixe a cidade, não sem antes partir o coração da pobre donzela. Tudo parece correr conforme o planejado até que... surpresa! Thomas reaparece e o pai de Edith é assassinado. Com isso, os pombinhos ficam livres para se casar e se mudarem para a mansão dos Sharpe, na Inglaterra, junto com a misteriosa Lucille.

Com todos esses ingredientes, o roteiro de “A Colina Escarlate” é digno de uma novela de época das seis. E, acredite, não falta nada para isso: clichês se amontoam entre diálogos empolados, expressões afetadas, trilha sonora melosa e conflitos tão profundos quanto uma poça d’água. O que impede o filme de ser apenas um dramalhão água com açúcar é o sobrenatural. E aí fica difícil dizer se isso melhora ou piora a situação.

Desde criança Edith vê o fantasma da mãe, morta vítima do cólera. Volta e meia ela aparece com a advertência: “cuidado com a colina escarlate”. E, na marra, ela aprende uma das lições mais antigas da humanidade, que devemos sempre seguir os conselhos maternos. Em sua nova morada, a jovem começa a ser atormentada por barulhos estranhos e espíritos aterrorizantes.

Mas nem os seres de outro mundo conseguem salvar Del Toro e sua “Colina Escarlate”. Tudo é previsível demais e as criaturas que deveriam assustar são quase como pessoas com um pano na cabeça fazendo “buuuu”. Até uma atriz talentosa como Jessica Chastain soa risível tentando convencer como vilã. A torcida é para que o mexicano não siga os passos ladeira abaixo de M. Night Shyamalan, e que este tenha sido apenas um acidente de percurso.

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