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Grupo de amigas teme um assassino à solta na Barra da Tijuca em  “Mate-me Por Favor”. | João Atala/Divulgação
Grupo de amigas teme um assassino à solta na Barra da Tijuca em “Mate-me Por Favor”.| Foto: João Atala/Divulgação

Em “Mate-me Por Favor” um assassino está à solta em um dos principais bairros do Rio de Janeiro, a Barra da Tijuca. As vítimas são jovens mulheres, que também sofrem violência sexual. Estamos diante de um filme de suspense, certo? Não exatamente. Apesar de girar em torno de um serial killer, a trama aborda outros temores, comuns a uma fase específica da vida, a adolescência.

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O universo adolescente é familiar à diretora Anita Rocha da Silveira, que abordou o tema em seus três primeiros curtas-metragens. Seu primeiro longa, ela conta em entrevista à Gazeta do Povo, desenvolve elementos trabalhados nas primeiras produções. “Sinto-me confortável falando de coisas que já vivi. Parto muito de experiências minhas para escrever os roteiros, e a adolescência é um período marcante para todos nós”, afirma.

O elenco é encabeçado pela estreante Valentina Herszage, que interpreta Bia, uma estudante de 15 anos que vive com o irmão e a mãe, sempre ausente. O tempo é dividido entre a vida escolar, com um grupo de amigas, e o namorado. Enquanto acompanham com um misto de medo e fascinação a onda de mortes no bairro, vivenciam as experiências típicas da juventude, como namoro, brigas e conflitos internos.

“Quando se é jovem, temos muita energia, tudo é vivido de modo intenso. Testamos os limites do nosso corpo, nos colocamos em perigo, tentamos nos tornar invencíveis. Procurei passar essa sensação no filme”, conta a diretora, que usa elementos do cinema fantástico para moldar a narrativa.

A onda de assassinatos, porém, não é apenas um pano de fundo para a história. Anita usa o episódio para abordar outra problemática, presente especialmente no meio feminino, a da violência. Em determinado momento do filme, o namorado de Bia diz à personagem: “vocês não podem andar sozinhas por aí, sem um homem”.

“Nós mulheres crescemos com o medo da violência sexual. Isso é um problema ainda maior em uma sociedade que muitas vezes culpa a mulher por isso”, diz a diretora.

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