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Sônia Braga em cena de “Aquarius”: apesar da polêmica, não foi escolhido para disputar a uma vaga a estatueta de  filme estrangeiro | /Divulgação
Sônia Braga em cena de “Aquarius”: apesar da polêmica, não foi escolhido para disputar a uma vaga a estatueta de filme estrangeiro| Foto: /Divulgação

Após muitas opiniões controversas e um ligeiro drama, “Aquarius” acabou não sendo escolhido para representar o cinema brasileiro na corrida pelo Oscar de filme estrangeiro. “Pequeno Segredo”, de David Schürmann, levou a melhor sobre a obra do cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho.

O longa-metragem, porém, tem sido preterido por quem acreditava que o filme estrelado por Sônia Braga era o candidato natural ao posto. “Aquarius” foi exibido em Cannes e muito elogiado pela crítica internacional, que destacou também o protesto que elenco e equipe da produção pernambucano prepararam durante o tapete de vermelho que antecedeu a première no festival francês, um dos principais da sétima arte.

“Boi Neon”, de Gabriel Mascaro”, “Mãe Só Tem Uma”, de Anna Muylaert e o curitibano “Para Minha Amada Morta”, de Aly Muritiba, se retiraram da competição por não concordarem com o critério de seleção, que contava com Marco Petrucelli, notório crítico ao trabalho de Mendonça Filho.

Mas, em meio a essa discussão de quem teria mais predicados para concorrer a uma vaga entre os cinco indicados a filme estrangeiro, outros 14 títulos passaram quase despercebidos por essa celeuma. Os cinco finalistas serão anunciados em janeiro pela Academia.

A Gazeta do Povo preparou um guia com os filmes inscritos na seleção realizada pela Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura. Confira os nomes, assista e conclua por si mesmo qual deles é o melhor.

“Aquarius”, de Kléber Mendonça Filho

O longa preferido pela crítica internacional fala como a escritora Clara (Sônia Braga), na faixa dos 60 anos, resiste às investidas de uma empreiteira que quer colocar abaixo o prédio onde passou grande parte de sua vida.

Onde ver: Está nos cinemas. Confira a programação completa no Guia Gazeta do Povo. A Netflix já incluiu o filme em seu catálogo internacional (data ainda a ser divulgada).

“Até que a Casa Caia”, de Mauro Giuntini

O casamento de Ciça (Virgínia Cavendish) e Rodrigo (Marat Descartes) já acabou, mas eles convivem sob o mesmo teto por causa do filho, Matheus (Emanuel Lavor) e alegadas dificuldades financeiras. Quando Rodrigo leva sua nova namorada, Leila (Marisol Ribeiro), para morar com eles, a aparente harmonia acaba.

Onde ver: No Telecine Play

“A Bruta Flor do Querer”, de Andradina Azevedo e Dida Andrade

O filme dos diretores paulistas, filmado em formato digital e de baixíssimo orçamento, concorreu ao Kikito de melhor filme no Festival de Gramado. Conta a história de um rapaz (Dida) que se forma em Cinema, mas, sem conseguir um espaço, começa a trabalhar filmando casamentos.

Onde ver: Pode ser adquirido no iTunes ou Google Play. Também está no catálogo do Canal Brasil, que pode ser acessado pela Now (Claro e Net).

“Campo Grande”, de Sandra Kogut

Regina (Carla Ribas), uma moradora da Zona Sul do Rio, encontra o casal de irmãos Rayane (Rayane do Amaral), de apenas cinco anos, e Ygor (Ygor Manoel), na porta de sua casa. A mãe sumiu depois de pedir que eles esperassem naquele lugar. Relutante, Regina abriga as crianças e tenta encontrar a família deles.

Onde ver: Ainda não há estimativa de lançamento de DVD ou em VOD (vídeo on demand)

“Chatô – O Rei do Brasil”, de Guilherme Fontes

Após quase 20 anos de um sem fim de problemas de prestação de contas, Guilherme Fontes conseguiu lançar a cinebiografia de Assis Chateaubriand (interpretado por Marco Ricca), o primeiro magnata das comunicações. Apesar do grande período que separaram as filmagens e sua première, o filme consegue fazer um inegável vínculo com a atualidade.

Onde ver: Netflix

“O Começo da Vida”, de Estela Renner

O documentário explora os primeiros mil dias de uma criança, seguindo descobertas recentes da neurociência que dão conta que essa fase é decisiva para o desenvolvimento pleno de um indivíduo. Especialistas e histórias no Brasil e no mundo dão estofo à narrativa.

Onde ver: Netflix

“A Despedida”, de Marcelo Galvão

O filme acompanha a história de Almirante (Nelson Xavier), que, aos 92 anos, sente que a morte está próxima. Ele começa a preparar a partida em encontros e momentos em que diz adeus a amigos e familiares. Mas ele está ansioso mesmo é por uma última noite com Fátima (Juliana Paes), sua amante 55 anos mais jovem.

Onde ver: On demand, no catálogo do Canal Brasil e dos canais Telecine

“Uma Loucura de Mulher”, de Marcus Ligocki Júnior

Mariana Ximenes interpreta Lúcia, casada com um político (Bruno Garcia). Após uma briga pública, a moça se refugia no apartamento onde passou a infância, no Rio de Janeiro. Para justificar o escândalo, o marido diz que ela tem problemas psicológicos.

Onde ver: Em DVD

“Mais Forte que o Mundo – A História de José Aldo”, de Afonso Poyart

O filme fala sobre a ascensão do lutador amazonense, pinçado por um professor de jiu jitsu em jogos de futebol em que a maior habilidade do garoto era chutar as canelas dos colegas. O ator José Loreto, muitos centímetros mais alto que o campeão do UFC na categoria peso pena, não decepciona no filme, que se destaca pelas cenas de luta.

Onde ver: Além de já estar disponível em DVD, a produção também já está nos cinemas. Confira a programação completa no Guia Gazeta do Povo.

“Menino 23: Infâncias Perdidas no Brasil”, de Belisario França

O historiador Sidney Aguilar descobriu, em uma fazenda do interior de São Paulo, tijolos marcados por suásticas. O documentário acompanha a chocante investigação que provou que 50 garotos foram retirados de um orfanato carioca para trabalhar como escravos nos anos 1930. Na fazenda, não tinham nomes, mas números. Aloisio Silva, o menino 23, é um dos poucos personagens vivos desta história.

Onde ver: Em outubro, entra no catálogo do Canal Brasil. Em novembro, será exibido no canal Globo News. No início de 2017, entra no catálogo da Now.

“Nise – O Coração da Loucura”, de Roberto Berliner

Após ser presa por 18 meses por manter livros marxistas na década de 1930, a psiquiatra alagoana Nise da Silveira volta a trabalhar num hospital psiquiátrico no Rio de Janeiro. Aluna de Carl Jung, a médica se recusa a usar os tratamentos que eram praxe para a esquizofrenia: choque e lobotomia. Ela passa então a desenvolver a ala da terapia ocupacional, usando a arte para reabilitar os pacientes.

Onde ver: Já está disponível em DVD e VOD (vídeo on demand). Em outubro, será exibido no canal GNT.

“O Outro Lado do Paraíso”, de André Ristum

O golpe militar de 1964 é pano de fundo para esse drama que segue uma família que parte do interior de Minas Gerais em busca de oportunidades em Brasília. Antônio (Eduardo Moscovis), o pai, acredita no modelo de governo de João Goulart e se envolve com o movimento sindical. A história é contada pela ótica de Nando (Davi Galdeano), filho de Antônio.

Onde ver: A produtora não respondeu até o fechamento desta edição

“Pequeno Segredo”, de David Schürmann

O longa escolhido para representar o Brasil romanceia parte da história da família Schürmann (o filho do meio, David, dirige um roteiro baseado no livro da mãe, Heloísa). Conhecidos por viajar os continentes, os catarinenses, que formam um clã que conta ainda com o pai, Vilfredo e os filhos Wilhelm e Pierre, conheceram na Nova Zelândia os pais de Kat, que mais tarde seria adotada por eles. A menina morreu em 2006 por complicações da Aids.

Onde ver: A data de estreia ainda não foi confirmada.

“O Roubo da Taça”, de Caito Ortiz

O diretor mistura ficção ao episódio do roubo da taça Jules Rimet, em 1983. O troféu, conquistado no tricampeonato em 1970, foi levado da CBF com tranquilidade por dois homens. Peralta (Paulo Tiefenthaler), o mentor do roubo, levou a taça original enquanto uma réplica estava guardada no cofre. Taís Araújo interpreta a mulher do malandro.

Onde ver: Está nos cinemas. Confira a programação completa no Guia Gazeta do Povo

“Tudo que Aprendemos Juntos”, de Sérgio Machado

O violinista Laerte (Lázaro Ramos) perdeu a coragem ao realizar o teste para fazer parte de uma orquestra em São Paulo. Após se ver sem emprego, topa dar aulas de música na favela do Heliópolis e enfrenta a resistência e o contexto social de seus alunos para fazê-los apreciar o instrumento.

Onde ver: Em DVD e no Telecine (estreou nesta terça-feira no Telecine Premium)

“Vidas Partidas”, de Marcos Schetchman

Naura Schneider vive Graça, uma mulher que vê o casamento apaixonado se transformar em um festival de violência por parte do marido, Raul (Domingos Montagner).

Onde ver: Via VOD a partir de 14 de outubro e DVD a partir de 30 de novembro

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