O roteirista americano James Dalton Trumbo aliava talento, técnica, rapidez e versatilidade na redação de seus scripts – uma conjunção de qualidades que lhe garantiu um lugar privilegiado no panteão de criadores da meca do cinema. Seu primeiro roteiro foi o de “Condenados ao Inferno” (1936), drama dirigido por Louis King.
Em 1940, recebeu sua primeira indicação ao Oscar, na categoria de melhor roteiro adaptado, por “Kitty Foyle” (1940), drama romântico assinado por Sam Wood – cineasta que posteriormente iria denunciar Trumbo no comitê anticomunista comandado pelo senador Joseph McCarthy. Em 1939, Trumbo escreveu o romance “Johnny Vai à Guerra”, clássico pacifista que recebeu o National Book Award, nos EUA.
Inspirado em um artigo que Trumbo leu sobre um soldado desfigurado após lutar na Primeira Guerra, o livro só ganhou as telas em 1971, em um antológico drama dirigido pelo autor – foi o único roteiro que Trumbo filmou.
O boicote aos “Dez de Hollywood” caiu definitivamente depois que o astro Kirk Douglas convidou o roteirista para escrever “Spartacus” (1960), dirigido por Stanley Kubrick, e que o realizador Otto Preminger convocou-o para adaptar o romance “Exodus” (1960) – ambos creditando os respectivos roteiros a Trumbo. (AG)



