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A banda Celestines acaba de lançar EP dentro do projeto A Grande Garagem Que Grava | Divulgação/My Space
A banda Celestines acaba de lançar EP dentro do projeto A Grande Garagem Que Grava| Foto: Divulgação/My Space

Os erres fortes, as vogais bem pronunciadas e os esses todos presentes. O sotaque curitibano na música é muito perceptível e, depois que a gente se acostuma, é até agradável. Lá está ele se apresentando de novo com o EP recém-lançado pela Celestines, banda local gravada ao vivo dentro do projeto A Grande Garagem Que Grava. Nesse trabalho, pode-se ouvir uma parte do que virá no segundo disco da banda, prometido para estar nas melhores lojas da internet em maio (apenas em formato digital). O que já foi lançado pode ser baixado pelo site da loja eletrônica de música Trevo Digital (www.trevodigital.com.br), por R$ 2.

Mas e o sotaque curitibano, que é diferente do paranaense, distinto do sulista, nada igual ao paulista etc etc etc.? O sotaque nosso a gente nem nota. Faz parte do dia a dia. Mas, quando a gente o ouve cantado, é diferente. Não estamos acostumados a ouvir a música da cidade. A música cantada da cidade. Alguém aí que está lendo estas mal traçadas já ouviu a banda Celestines? E a banda Criaturas, que levou seu sotaque lá para a cidade norte-americana de Charlotte? Mas já deve ter ouvido grupos mais conhecidos, como o Blindagem ou o Relespública? Sim, sei, nem essas tocam em nossas rádios e só quem tem muito interesse consegue escutar o jeito de cantarmos. Pois in­­teresse-se você também.

Para identificar bem o sotaque curitibano do cantar é essencial escutá-lo apenas. Sem imagem, nada de show ao vivo ou vendo no YouTube. Nos distraímos com as imagens e perdemos o sotaque característico. Pois, agora, caro leitor, a oportunidade é essa. Vá até a página da banda Celestines no MySpace (www.myspace.com.br/celestines) e ouça – a gravação no MySpace está com a qualidade menor, mas dá para prestar atenção ao nosso agradável sotaque curitibano.

Deixando o jeito de falar um pouco de lado, é possível notar que, musicalmente, o sotaque da banda está mudando. Aquela guitarra que a deixou conhecida como uma quase guitar band já não é mais tão presente. Os efeitos e distorções estão mais comedidos. O som não é limpo, se é isso que você está pensando. As distorções e o maior peso ainda aparecem, como na bela canção "Júpiter" e em "Mundo Pequeno". Mas, por ser uma gravação de show ao vivo, quando o som quase sempre é mais pesado do que o da gravação de estúdio, nota-se que a banda está cuidando mais da qualidade do som, deixando que as composições sejam melhor apreciadas. Também não está tão dançante quanto na primeira aparição do grupo em disco, há dois anos. Mas a mudança não é drástica. Continua indie com a típica linha de baixo de Buia Branco. Vamos aguardar o trabalho de estúdio para analisar melhor.

A Celestines é formada por Tulio Jr (vocal), Buia Branco (baixo), Edu Tex (guitarra), DJ Martini (teclado/Ableton Live) e Luiz Dudu (bateria).

Leia a letra da música "Aliás", composição de Tulio Jr.:

Tudo quis dizer um homem sob a chuva

Pôr de sol na alma me aquece

Ela quis dizer de braços para o céu

Arco-íris no rosto, seu sorriso

Aliás, eu te amo mais do que sei

Aliás, beije-me agora por trás do sol

Extinto Coletivo

A banda Extinto Coletivo (www.myspace.com.br/extintocoletivo) – que faz uma mistura de reggae, rock, música brasileira e hip-hop – e o AOCA Bar uniram-se em um projeto chamado Área Coletiva. A ideia é dar espaço a bandas independentes que procuram mostrar seu trabalho. A primeira ação do projeto deu-se no domingo passado e a promessa é ter uma edição por mês.

Rosie and Me

Guilherme Miranda, Ivan Ca­­marg­­o, Rosanne Machado e Tiago Barbosa, que formam a interessante Rosie and Me, estão com musica nova na página da banda no MySpace. Para aqueles que gostam de música acústica, entre a folk e a indie, com uma voz agra­­dável que remete a uma Björk mais delicada, vale a pena conferir (www.myspace.com.br/rosieandme).

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