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O show do Copacabana club foi sensacional, mas houve problemas técnicos | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
O show do Copacabana club foi sensacional, mas houve problemas técnicos| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Que tal ser convidado para tocar no maior festival de música do Paraná? O convite é sempre esperado com ansiedade e os trabalhos de bastidores para recebê-lo também são intensos entre os produtores. Mas a resposta à pergunta acima pode não ser tão óbvia quanto parece. Quando se tem uma pergunta assim, o ideal é sempre responder: depende.

Passado o Lupaluna, algumas bandas tiveram experiências boas, outras más, mas experiências sempre são válidas. Vou tentar fazer aqui uma avaliação minha sobre a performance das bandas paranaenses que consegui acompanhar na verdadeira maratona que foi a cobertura jornalística do Lupaluna pela Gazeta do Povo On-line (você pode ver as matérias no endereço http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/lupaluna2009). Perdão às bandas que não consegui acompanhar.

Lá vai a minha visão de fora – e, se algum músico citado quiser comentar ou contestar – mande um e-mail, ligue ou faça seu co­­mentário diretamente no blog Sobretudo, quando este texto for lá reproduzido.

No Way – A primeira banda do primeiro dia foi selecionada em concurso e recebeu meio milhão de votos, mas, quando subiu ao palco, no final do dia de sexta-feira, dava-se para contar nos dedos o público presente ao palco secundário do Bioparque. A banda deve ter se decepcionado com a falta de espectadores em um festival que reuniu 30 mil pessoas. Mas certamente ganha em aparições na mídia. A Gazetinha prepara matéria especial com eles mostrando como foi o dia do show no Lupaluna.

Karyme Hass – O mesmo problema do No Way – ser a primeira a tocar no palco secundário, no fim de tarde de sábado. Ela fez uma adaptação dos arranjos tornando as músicas mais pesadas para a apresentação, pois tem uma característica mais intimista. Mas não deve ser fácil ter uma alta expectativa para o show e, quando as cortinas se abrem, ver apenas 20 ou 30 pessoas na plateia.

Anacrônica – Foi a primeira banda do primeiro dia no palco principal. Grande chance de se consagrar. A banda é fã do Lupa­­luna. Na primeira edição, no ano passado, ela não tocou, mas compareceu. Nesta, fez um show apenas correto. Achei que poderia mostrar mais. No entanto, agitou bastante nos bastidores e compareceu aos dois dias do evento.

Hevo 84 – A banda de emocore aproveitou a proximidade do show do Fresno, mostrou competência e certamente conquistou mais alguns fãs em sua carreira ascendente. Está com um CD novo e emplacou música na novelinha teen Malhação, da Globo.

Mixtape – Foi uma grata surpresa para mim. Vi há alguns meses um show das meninas e não gostei muito. Agora, nesta apresentação no Lupaluna, fiquei impressionado com a evolução das meninas nestes poucos meses. Mostra que elas estão se levando a sério e trabalhando – sim, porque tem banda que acha que ser músico não é trabalhar, é apenas se divertir. E elas, com segurança e presença de palco, fizeram um bom show. Ainda têm o que melhorar, mas já mostraram que podem. Se continuarem assim, no ano que vem estarão no palco principal.

Copacabana Club – É o grande nome do momento. Dois anos de estrada, nenhum disco lançado, mas já falada por todo o país, vinheta no canal pago FX, indicada para prêmio revelação no VMB, da MTV Brasil. Agora, com nova formação, está pensando no lançamento do primeiro CD. O fotógrafo Ito Cornelsen tinha razão em estar orgulhoso e emocionado, na plateia, no fim da apresentação da filha. Camila Cornelsen mostrou estar completamente recuperada do pezinho quebrado e agitou como nunca. Tile, no baixo, tem uma linha que torna a banda reconhecível, além de dar uma incrível estabilidade a todos. O show foi sensacional, mas a banda reclamou da ausência do técnico de som de palco, que sumiu durante a apresentação e os deixou na mão. Eles foram competentes e profissionais para não transmitir para o público a dificuldade que passavam. As músicas estão redondas, com perfeitas colocações de vozes e efeitos – a banda adotou mais um elemento para novos efeitos de programação e eletrônica. A grande notícia é que entra em estúdio e, se tudo der certo, sai disco no ano que vem por uma grande gravadora. Pelo show que fizeram, estão merecendo tudo o que vêm conquistando.

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