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Os bancos nos tratam tão mal e ganham tanto, e os hospitais ganham tão pouco que mal conseguem nos tratar!

Quer ajudar a consertar isso?

Na fila de atendimento bancário, exija senha horária. Se passar do tempo fixado pela lei municipal (procure na internet e leia a lei antes), exija que caixa ou gerente assine a senha, colocando a hora e minuto do atendimento.

Daí peça indenização na Justiça Federal e dê o dinheiro para um hospital, como fiz.

Representado pelo advogado Nício Silveira, acionei a Caixa e consegui doar a indenização de R$ 1.200 para o Hospital do Câncer de Londrina.

Na audiência, a caixa da Caixa choramingou ao juiz que foi humilhada por mim, que gritei com ela. A verdade é que tive de gritar para exigir senha horária. Antes, pedi a ela que colocasse hora e assinatura na ilegal senha sem horário que forneceram, e ela se negou. Citei a lei, continuou se negando. Então gritei exigindo meu direito. Queria o que? Que eu enfiasse o rabo entre as pernas e fosse embora humilhado e espoliado em meu direito?

Engraçado é que, quando fa­­zem greve, os bancários pedem apoio do povo. Mas, no dia a dia, estão sempre do lado das chefias e gerências contra o povo.

Ao menos em Londrina, depois de autuações do Procon, a Caixa – que disputa com o Banco do Brasil o título de campeã de atendimento anticidadania – passou a fornecer senha horária, como manda a lei.

A caixa da Caixa também reclamou ao juiz que se sentiu humilhada por eu sentar no chão enquanto esperava na fila. Mas não havia cadeiras como manda a lei! Sentar no chão foi minha forma de protesto. Se a humilhou, é apenas sinal de que o banco deveria treinar seu pessoal para situações assim, já que os coloca para afrontar leis.

O juiz Márcio Augusto Nascimento sentenciou: "A situação verificada nos autos é inadmissível em tempos modernos, em que se espera o mínimo de respeito de instituição bancária gigante em relação aos seus clientes. Para os que creem em Deus, o ser humano é espelho de seu Criador, e por si só, merece respeito. Para os que não creem, basta pensar na forma que desejam ser tratados pelas outras pessoas".

Ressalte-se que pedi indenização maior, que o juiz reduziu "para impedir que a indenização pelo dano moral transforme o Poder Judiciário em indústria do enriquecimento pela indenização, como acontece, infelizmente, nos Estados Unidos".

O juiz ainda ressaltou: "Anoto que se todos tivessem a mesma reação de defesa da dignidade efetivada pelo autor neste processo, o Brasil seria bem melhor".

Acrescento que bastaria dez por cento dos clientes exigirem seu direito de senha horária e atendimento digno, para que os bancos deixassem de ser os carrascos da cidadania, esta sim, humilhada nas filas para que os bancos brasileiros tenham lucros ainda mais extraordinários, os maiores da história bancária do mundo!

Então entre nesta campanha: vamos tirar dinheiro dos bancos e dar para os hospitais. Já deixe isso claro na petição judicial, indicando qual hospital.

E vamos fazer inveja a Robin Hood, com a vantagem de que nem precisamos usar armas, só a Justiça, que, afinal de contas, é paga pelo dinheiro que de nós é tirado pelos impostos embutidos em tudo que compramos. Vivam os hospitais, civilizem-se os bancos!

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