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Os integrantes do programa A Liga vivenciam problemas sociais | Divulgação
Os integrantes do programa A Liga vivenciam problemas sociais| Foto: Divulgação

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A Liga

Terças-feiras, às 22h30. Band TV.

Poucos programas da televisão retratam de forma tão interessante problemas sociais e estruturais do país quanto A Liga, da Band. Na quarta temporada, o programa conta com cinco apresentadores: Thaíde, Cazé, Rita Batista, China e Mariana Weickert.

O quinteto se reveza no debate de assuntos polêmicos, que sempre pauta o programa. Além disso, a atração costuma investigar situações sociais e de mudanças no Brasil. Recentemente, Cazé acompanhou a saga de haitianos que querem chegar ao país, e dependem de "coiotes" peruanos. O apresentador conseguiu ficar cara a cara com um deles e simular uma "negociação", que envolvia também a corrupção de policiais peruanos, que exploram os imigrantes. Indignado com a crueldade, Cazé chegou a chorar em frente às câmeras.

A emoção, aliás, é o ponto alto do programa: não há imparcialidade, frieza. E é isso o que o torna tão interessante. Por outro lado, o envolvimento, às vezes, gera alguns julgamentos por parte dos próprios apresentadores. Cazé, por exemplo, acabou se irritando com o músico Shackal, que vaga pela Lapa carioca e quer saber mais da vida boêmia do que da música. A atitude dele gerou desentendimentos entre os dois, e Cazé acabou questionando o, digamos, "estilo de vida" de Shackal de uma forma muito incisiva.

Além de acompanhar e fazer uma imersão no mundo dos seus entrevistados, nesta temporada o programa estreou o quadro "7 Dias". O participante (um dos integrantes do quinteto) é obrigado a viver uma situação extrema durante uma semana.

Mariana Weickert viveu como paraplégica e sua saga revelou o problema crônico de acessibilidade nas grandes cidades: calçadas estreitas e esburacadas, falta de guias rebaixadas e obstáculos, como caçambas, foram alguns dos problemas encontrados. Dentro da própria casa, a apresentadora também sentiu como é viver em um lugar sem adaptação para a condição física limitada. Mas o pior momento foi usar o transporte coletivo: apesar de alguns ônibus em São Paulo contarem com elevador para subir a cadeira de rodas, e espaço para cadeirantes dentro do veículo, Mariana precisou ser carregada para fora do terminal onde desceu, pois o local tinha apenas escadas.

Dentro do coletivo, foi auxiliada por outro passageiro, mas o cinto de segurança do equipamento não foi suficiente para impedir que ela quase caísse com uma freada brusca do ônibus. No mesmo episódio, China passou um dia sem escutar, e revelou que não há infraestrutura para o deficiente auditivo, que não consegue pedir uma simples pizza pelo telefone.

Cômicos

Há também quadros engraçados como "Vidas Opostas", que reúne duas pessoas totalmente diferentes, mas com um assunto em comum. No último programa, duas "princesas", uma da classe A e outra da classe C, se encontraram e vivenciaram os dois mundos. O resultado, apesar de cômico, acaba sempre revelando uma situação social, nesse caso, a da desigualdade.

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