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Erudita

Concerto marca criação de nova orquestra curitibana

Filarmônica de Curitiba estreia hoje, na última edição do Projeto Orquestra, que acontece no Pequeno Auditório do Teatro Positivo

Nova orquestra conta com membros da Sinfônica do Paraná e da Camerata Antiqua | Daniela Carvalho/Divulgação
Nova orquestra conta com membros da Sinfônica do Paraná e da Camerata Antiqua (Foto: Daniela Carvalho/Divulgação)

A estreia da Orquestra Filarmônica de Curitiba (OFC) acontece hoje, às 20 horas, no Pequeno Auditório do Teatro Positivo, a convite do Projeto Orquestra, realizado pelo Ministério da Cultura e pelo banco HSBC. Trata-se de um "concerto piloto", da primeira experiência de um grupo que não tem vínculo com o Estado e tampouco sala própria, formação definida ou temporada prevista (funcionará à base de projetos). No entanto, o concerto marca a realização de um desejo antigo de seus músicos e, para o regente convidado Alessandro Sangiorgi, é um evento importante para a vida musical de Curitiba.

"Quando nasce uma orquestra é quase como quando nasce uma criança", diz Sangiorgi, em entrevista por telefone à Gazeta do Povo. "As cidades mais importantes do Brasil têm várias orquestras. Curitiba tem um papel relevante no panorama nacional, mas só tem a Sinfônica do Paraná (OSP) e a Orquestra de Câmara de Curitiba. Então, a cidade merece ter mais nesse sentido", diz o maestro, que esteve à frente da OSP de 2002 a 2010 e que, atualmente, rege grupos na Europa.

O primeiro concerto da OFC terá alguns dos trechos mais famosos do cânone da música erudita. Entre eles, estão as aberturas de O Barbeiro de Sevilha, de Rossini; e de A Flauta Mágica e Bodas de Fígaro, de Mozart. "São músicas que fazem parte do inconsciente coletivo", afirma Sangiorgi.

Popular

As obras escolhidas para o programa de hoje são "populares" no sentido de que são músicas muito conhecidas. Mas a ideia da orquestra, de acordo com sua produtora executiva, Cristine Marquardt, é também percorrer o universo da música popular e do jazz – algo que, de acordo com Cristine, faz falta aos músicos eruditos. "Todo mundo gosta de fazer o repertório clássico, mas também tem a necessidade de diversificar o repertório. Tem o pulsar da música popular dentro da gente. Queremos quebrar essas barreiras e ir além", alega a produtora, que também é violinista da OSP. "A OFC vai diversificar. Tocará clássico, popular, ópera, e também misturará música clássica com rock, com MPB", diz.

O primeiro maestro convidado pela nova orquestra, Alessandro Sangiorgi, é um defensor deste formato – conhecido como crossover.

"A ideia de compartilhar experiências acaba somando público", diz o maestro, que afirma ainda ser reconhecido nas ruas de Curitiba graças às parcerias que fez com Zimbo Trio, Hermeto Pascoal e a banda Blindagem enquanto esteve à frente da OSP. "Essa ideia de percorrer caminhos populares e casar vários gêneros, contanto que seja bem feita, só vai somar para a orquestra e para a cidade."

Estreia: Orquestra Filarmônica de Curitiba - Teatro Positivo – Pequeno Auditório (R. Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5.300), (41) 3317-3107. Hoje, às 20 horas. Entrada franca. Os ingressos devem ser retirados na bilheteria do teatro e são limitados a quatro unidades por pessoa.

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