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Cerca de 60 imagens estarão expostas no MuMa
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Fotografias de artistas portugueses trazem uma produção contemporânea, e estão inseridas em um contexto artístico
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A arquitetura de Lisboa também é tema retratado pelos artistas
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Contraste entre a natureza e a cidade
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O charme das ruas é um dos cenários preferidos dos fotógrafos
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Retrato dos bastidores da arte
Apesar de unidos pela língua, história e influências, ainda se sabe pouco no Brasil sobre a arte contemporânea de Portugal, sobretudo a fotografia. E vice-versa. Pensando em estreitar esses laços e gerar um diálogo artístico entre Lisboa e Curitiba, a capital paranaense recebe durante esta semana o Ciclo da Fotografia Portuguesa no Brasil, parte das celebrações do ano de Portugal no Brasil. Conversas entre fotógrafos brasileiros e lusitanos, exposição com revelações da fotografia portuguesa no Museu Municipal de Arte (MuMa) e palestra com Margarida Medeiros, uma das maiores teóricas portuguesas do assunto, são algumas das atrações.
SLIDESHOW: Veja mais imagens produzidas por fotógrafos portugueses
No MuMa, serão expostas a partir de amanhã cerca de 60 fotografias dos portugueses Teresa Palma, Claudia Rita Oliveira, Francisca Veiga, Helena Peralta, João Serra, Mariana Marote, Rodrigo Bettencourt da Câmara e Rodrigo Amado, artistas que representam a nova geração de fotógrafos do país europeu. "Também fizemos uma mescla de temáticas e de formas, com profissionais que trabalham somente com o digital, outros com o analógico e até com a fenotipia", diz a idealizadora do ciclo, Isadora Pitella.
A jornalista e designer, que atualmente mora em Lisboa com o marido (o fotógrafo Téo Pitella), onde faz mestrado em Antropologia Visual no Instituto Universitário de Lisboa, pensou na necessidade de realizar algo que trouxesse a fotografia portuguesa para Curitiba após a observação da cena em Lisboa, e inscreveu um projeto no Ministério da Cultura Português, que foi aprovado. "A fotografia de lá está inserida num contexto muito interessante. Eu mesma conhecia pouco, ainda há uma barreira grande entre compreender o contemporâneo de ambos os países enquanto falantes da mesma língua." Apesar de ser pesquisadora na área, e com o ambiente familiar propício, Isadora não fotografa. "Acho lindo, mas prefiro estudar, apreciar e pensar conceitos expositivos", conta.
Academia
Isadora considerou essencial a vinda de uma das teóricas mais importantes da área, a doutora em Ciências da Comunicação Margarida Medeiros, que escreve artigos sobre fotografia para jornais e revistas desde o fim da década de 1980, além de ter publicado diversos livros, como Fotografia e Narcisismo O Autorretrato Contemporâneo. A fala será mediada pela coordenadora do curso de Jornalismo da Universidade Positivo (UP) e professora da cadeira de Fotografia, Zaclis Veiga. "É uma honra, uma das pessoas que melhor explana sobre a fotografia e suas transformações." Zaclis também acredita que o ciclo vai possibilitar uma visão mais ampla sobre Portugal. "Ainda olhamos para Portugal com a sensação de um país antigo, e essas produções mostram a contemporaneidade do país."
