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Música

Cool jazz com sotaque gaúcho

Grupo Delicatessen se apresenta hoje no Teatro Paiol. Quarteto gaúcho lança segundo disco de jazz, mas ainda colhe louros do primeiro e elogiado trabalho

Delicatessen: lançamento do segundo disco inclui turnê pela Ásia em novembro | Divulgação
Delicatessen: lançamento do segundo disco inclui turnê pela Ásia em novembro (Foto: Divulgação)

Ao trocar o piano pelo violão e desmontar o sagrado tripé do jazz (baixo, bateria e piano), o grupo Delicatessen conseguiu um feito que se aproxima do inacreditável em se tratando de música independente no Brasil – mais ainda devido ao gênero que escolheram.

O disco Jazz + Bossa (2006), vendeu mais de 16 mil cópias, três mil só no Japão. Depois de mais de 80 shows no Brasil e no exterior para mostrar o trabalho "despretensioso" e "para consumo interno" que Ana Krüger (voz), Carlos Badia (violão), Nico Bueno (baixo) e Mano Gomes (bateria) construíram há dois anos, o grupo gaúcho apresenta hoje no Teatro Paiol as músicas de My Baby Just Cares for Me, o segundo e esperado álbum.

"É difícil falar sobre esse sucesso. A princípio fizemos o trabalho por prazer. Ele acabou dando certo e decidimos fazer mais um disco", diz Carlos Badia, à procura de uma explicação para os louros colhidos.

O repertório é baseado em recriações de standards do jazz norte-americano dos anos 1920 a 1950 aliadas à delicadeza da bossa nova. O trabalho inclui canções menos conhecidas, como "My Melancholy Baby", de George Norton e Ernie Burnett e "Why Don’t You Get Right", de Joe Mccoy; mas há clássicos como "You’ve Changed", de Bill Carey e Carl Fischer, além de duas composições próprias do grupo: "Delicatessen" e "Amores Musicais", ambas frutos da parceria entre Carlos Badia e Beto Callage.

"O novo trabalho segue a mesma linha do anterior: a ideia de que menos é mais. Ao invés de botar cinquenta notas em determinado ponto, usamos uma. É a simplicidade e o refinamento dessa simplicidade, que é difícil de tocar e até de buscar", comenta Badia, resumindo o cool jazz que ganha vida na bela voz de Ana Krüger.

Se o tom continua o mesmo do trabalho anterior, algo foi acrescentado devido aos dois anos ininterruptos de shows. "Há uma coisa fundamental que é a maturidade do grupo. Tocamos em todo o Brasil, na Argentina e no Paraguai durante esse intervalo entre os dois discos. Então, quem ouve o primeiro trabalho e o segundo consegue perceber essa diferença no entrosamento", explica o violonista.

E a relação deve ficar ainda mais próxima. O Delicatessen já levou seu novo disco a Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro e ontem à noite, fez uma primeira apresentação no Paiol – "Curitiba tem um privilégio de ter um lugar como esse", diz Badia. E em novembro desse ano segue rumo à Tailândia, onde tem início uma turnê asiática.

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