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"Cão", de Adriana Tabalipa: objetos da casa "ganham corpo" | Reprodução
"Cão", de Adriana Tabalipa: objetos da casa "ganham corpo"| Foto: Reprodução

A partir de hoje, às 19 horas, o artista André Malinski exibe, no Memorial de Curitiba, obras que integraram o projeto Deus Mora nos Detalhes. São nove telas com recortes de imagens de santos impressas em tecido e decoradas com bordados.

Ao longo de quatro meses, André espalhou os trabalhos pela cidade, usando como suporte outdoors colocados em áreas de grande circulação. Os recortes de imagens de santos populares criavam um contraste com o caos visual dos anúncios comerciais. O objetivo era intrigar o espectador e levá-lo a resgatar memórias de outros lugares e tempos.

As telas receberam os seguintes nomes: "Asas de Jorge", "Riqueza da Cabeça", "Entrega de Jesus", "Amor de Sebastião", "Gesto de Cosme", "Penitência de Catarina", "Afeto de Benedito", "Urgência de Expedito" e "Domínio das Graças".

A mostra a céu aberto foi registrada em um vídeo que será exibido no Memorial. Também estará à venda um livro de fotografias dos outdoors, ao lado de trabalhos imaginários, criados a partir de fotomontagens.

Ainda dá tempo de conferir alguns dos outdoors pela cidade. Até 26 de setembro, as obras podem ser vistas na Rua 24 de Maio, próximo à Avenida Visconde de Guarapuava; e na Rua Martim Afonso, perto do Supermercado Condor. De 27 de setembro a 10 de outubro, a intervenção migra para a Rua Almirante Tamandaré, esquina com a Rua Itupava.

Cotidiano transfigurado

A casa, moradia do corpo, e o corpo, moradia da alma. Os dois espaços serviram como ponto de partida para que a curitibana Adriana Tabalipa, radicada no Rio de Janeiro desde 1995, desenvolvesse a exposição The End Factory Project, a terceira que realiza na Galeria Ybakatu Espaço de Arte.

Desta vez, a artista apresenta uma série de pinturas e uma performance. Os quadros em óleo sobre tela são desdobramentos de uma investigação conceitual em que a artista relacionou o corpo humano a objetos "do lar" como, por exemplo, pazinha de lixo, tábua de cortar carne e cuia de chimarrão.

Adriana iniciou sua formação artística no Museu da Gravura, no Centro Cultural Solar do Barão, e no Museu de Arte Contemporânea, em Curitiba. No Rio de Janeiro, participou de cursos no Museu de Arte Moderna (MAM) e na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Possui obras na coleção do Instituto Brasil-Estados Unidos, no Museu de Arte Moderna (Coleção Gilberto Chateaubriand), no Centro Cultural Cândido Mendes e na Universidade Etácio de Sá.

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