Dos 382 livros inscritos no Prêmio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa 2007, 51 se classificaram para a segunda fase de votação. Ao todo, 240 profissionais ligados ao mercado editorial de críticos literários e editores até professores universitários e escritores indicaram cinco obras e cinco nomes para compor o júri da próxima etapa.
A lista privilegia títulos e autores com mais exposição à mídia, quase sempre ligados a grandes editoras inclusive porque uma (editora grande) leva à outra (exposição à mídia). Companhia das Letras e Record dominam com 25 indicações, 14 para a primeira e 11 para a segunda. O único paranaense entre os classificados é Dalton Trevisan (vencedor da primeira edição do evento) com o seu livro de contos Macho Não Ganha Flor.
Os livros se dividem em romances brasileiros, portugueses, angolanos e moçambicanos; contos brasileiros e portugueses; poesia, crônica e biografia brasileiras; e autobiografia portuguesa. Uma característica do Portugal Telecom é premiar as três melhores obras do ano, sem impor seu gênero. Nesse formato, um livro de contos brasileiros poderia conquistar o primeiro lugar, seguido de um romance angolano em segundo e de uma autobiografia portuguesa em terceiro.
O Nobel de Literatura José Saramago aparece com dois títulos: As Intermitências da Morte e As Pequenas Memórias. Entre os brasileiros, surgem vários autores da nova geração, como Daniel Galera (Mãos de Cavalo), Santiago Nazarian (Mastigando Humanos) e Michel Laub (O Segundo Tempo).
O chamado júri intermediário, do qual fazem parte Cristovão Tezza e José Castello, deve escolher, entre os 51 livros, os dez finalistas do prêmio, a serem divulgados no dia 27 de agosto.
