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Contemporâneo

Dança infantil feita de muito movimento

Espetáculo Buraco, com apresentações de amanhã a domingo no Espaço Cênico, brinca com conceitos de dentro e fora para despertar a sensibilidade

Bailarinos usam movimento como “estímulo que atravesse o corpo da criança” | Renato Mangolin/Divulgação
Bailarinos usam movimento como “estímulo que atravesse o corpo da criança” (Foto: Renato Mangolin/Divulgação)
O cubo-personagem usado no espetáculo para engolir gente |

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O cubo-personagem usado no espetáculo para engolir gente

Dança contemporânea não precisa ser degustada apenas num "clima cabeça", e prova disso são os interessantes trabalhos do gênero criados para crianças. Buraco, um deles, terá apresentações no Espaço Cênico de sexta-feira a domingo, com entrada franca (veja o serviço completo no Guia Gazeta do Povo).

A ideia inicial era abordar relacionamentos e as possibilidades de movimento do corpo, numa apresentação lúdica que servisse de estímulo sensorial aos espectadores-mirins. "Pensamos como uma missão mesmo, de oferecer um bom trabalho para crianças", contou à Gazeta do Povo a coreógrafa Elisabete Finger.

Outras peças de dança contemporânea voltadas para o público infantil, segundo ela, acabam enfatizando a palavra e preenchendo cada espaço vazio com agitação – talvez com a ideia de que os pequenos não iriam entender movimentos. Já Buraco é "físico", com movimento do início ao fim. Para Elisabete, o maior triunfo é observar a plateia calma mesmo em momentos de lentidão.

"Temos a responsabilidade de contribuir para percepções que estão se formando, de pessoas com sensibilidade super aberta."

Em cena, um grande cubo "engolidor de pessoas" responde por parte da ludicidade e deverá ser um "puxador" de risadas. Um orifício dentro dele – que fornece um dos sentidos do título – também permite imaginar os conceitos de dentro e fora.

"Queremos ser um estímulo que atravesse o corpo da criança."

Alemanha

O projeto da diretora foi desenvolvido entre Alemanha e Brasil, por meio de diversos patrocínios. Depois de apresentar o trecho Um Pedaço do Buraco nos dois países (incluindo a mostra Rumos, do Itaú Cultural, em São Paulo), a peça final estreou no Rio de Janeiro e passou em seguida por Belo Horizonte.

Os três bailarinos que integram o espetáculo têm experiência internacional e são cocriadores da obra: Cinira Macedo, Sandro Amaral e Jamil Cardoso.

Trabalhos anteriores de Elisabete incluíram Amarelo, o solo Adaptação ou Estudo Número 3 para um Plástico Amarelo e Ó.

"Nossa dança está próxima das artes visuais, lidando com conceitos mais abertos e estímulos mais do que com técnicas e passos."

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