Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Rock

Dave Murray concede entrevista exclusiva à Gazeta do Povo

Dave Murray | John McMurtrie
Dave Murray (Foto: John McMurtrie)

A banda foi obrigada a cancelar dois shows em Tóquio devido ao terremoto/tsumani que assolou o país. Como foi isso?

O Ed Force One [Boeing 757, pilotado pelo vocalista Bruce Dickinson] estava a dez minutos de aterrissar no aeroporto de Tóquio, quando fomos informados de que o voo teria de ser desviado para a cidade de Nagoya. Só soubemos o que tinha acontecido quando pousamos lá e ficamos muito preocupados, acompanhando as notícias sobre o desenrolar da situação. Acabamos cancelando os shows em Tóquio por motivos de segurança, o que foi uma grande pena.

Vocês têm muitos fãs no Japão. Soube que estão tentando ajudá-los com os lucros das vendas de uma camiseta especial no site da banda, que serão doados à Cruz Vermelha Japonesa. Hoje [sexta-feira, dia 18], visitei o site da banda e vi que as camisetas estão esgotadas [elas voltaram a ser vendidas na quarta-feira, dia 23]. Parece que todos estão tentando ajudar o Japão de alguma maneira, não é?

Isso é excelente! Pessoas do mundo inteiro estão oferecendo ajuda para que o Japão volte a funcionar em sua total capacidade. Eu não sabia que as camisetas estavam esgotadas, vou contar a todos aqui! Essa notícia é ótima e nos deixa muito felizes!

Ao mesmo tempo que o cancelamento dos shows de Tóquio e suas circunstâncias entristecem um pouco a The Final Frontier World Tour, vocês devem estar felizes por terem tocado em países como Singapura, Indonésia e Coreia do Sul pela primeira vez. Como foi essa experiência?

Foi incrível. Nós tocamos em Bali pela primeira vez e foi uma experiência única, a lua brilhava muito naquela noite. Em Singapura, ficamos surpresos com a resposta das pessoas à nossa música, o público foi realmente fantástico. Quanto à Coreia, nos sentimos muito privilegiados por termos estado lá e vivenciado a cultura do país. Essa turnê está indo muito bem e agora, que estamos indo ao Brasil, vai ficar melhor ainda (risos)!

Desta vez, vocês vão tocar em seis cidades brasileiras, algumas das quais vocês ainda não conhecem. Como estão as expectativas da banda em relação à nona passagem pelo Brasil?

Os fãs brasileiros são incríveis. Todos os nossos shows aí foram ótimos e é um público que, definitivamente, está em nosso coração. Por isso, não esperamos nada além do melhor (risos)! É muito bom ir ao Brasil, pois durante os shows, sempre reconhecemos algumas pessoas na plateia que nos viram tocar nas turnês anteriores. E não há nada melhor do que tocar para rostos familiares!

Sim, mas preciso te dizer que os fãs brasileiros estão um pouco tristes por terem ficado de fora do novo DVD do Iron Maiden, que será filmado nos shows da Argentina e do Chile...

Ah não! Mas vocês já têm o DVD do show no Rock in Rio, que foi tremendo e que ficou para sempre registrado não só em filme, mas na memória de todos os fãs de Iron Maiden do mundo! Achamos que dessa vez seria legal captar a energia dos argentinos e chilenos, que também sempre tiveram uma relação especial conosco. Por favor, não fiquem chateados...(risos).

Ok, acho que conseguimos perdoar vocês (risos). Mas ainda sobre o novo DVD, ele vai ser filmado por Sam Dunn e Scott McFadyen, os mesmos do documentário Iron Maiden: Flight 666?

Sim, são os mesmos caras. Gostamos muito do Flight 666 e nos tornamos fãs do trabalho deles. Será um DVD ao vivo, que deve ser lançado até o final deste ano.

O repertório do show desta turnê é basicamente focado no disco The Final Frontier, certo? Que outras canções, além das mais recentes, os fãs brasileiros poderão ouvir?

Sim, o foco é no novo disco, incluindo a cenografia do palco e o Eddie [mascote da banda, que aparece em formato de um robô gigante durante os shows]. Mas o set list dos shows traz músicas desde o primeiro álbum. Podemos dizer que é uma coleção de canções que não tocamos há muito tempo. Entre elas, bem, posso citar...[pensa por alguns segundos] "The Trooper"! Definitivamente vamos tocar "The Trooper"! (risos).

A banda acabou de lançar uma nova coletânea, que reúne as melhores canções dos anos 90 a 2010. Ela acaba servindo como uma espécie de introdução à obra do Iron Maiden para os fãs mais jovens, cada vez mais numerosos nos shows de vocês?

Acho legal selecionarmos as músicas preferidas de nossos discos e compilá-las em uma coletânea. É uma experiência bacana ouvi-las em uma ordem diferente da original, é como se fosse um disco inédito. Sem dúvida esse material acaba servindo para os novos fãs, pois muitos deles são tão jovens, que ainda não tiveram a chance de nos ver tocando ao vivo.

Em fevereiro, o Iron Maiden foi premiado com o primeiro Grammy da carreira da banda. O que isso significou para vocês? Vocês veem o prêmio como um reconhecimento da indústria fonográfica após todos esses anos?

Foi uma honra tremenda. Já havíamos sido indicados antes, não ganhamos, mas não ficamos chateados, nem nada. O mais legal do Grammy é o fato de ser algo que o mundo inteiro conhece, então, sim, achamos que é um reconhecimento da indústria ao nosso trabalho e ficamos muito orgulhosos. Podemos muito bem viver sem Grammys, mas ganhar um foi legal mesmo assim.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.