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De Prada a Marc Jacobs

Chega às locadoras o conto de fadas fashion O Diabo Veste Prada

No desfile de 2006 parte dos foliões saiu como bloco. Neste ano, o grupo inteiro terá a mesma fantasia | Alice Rodrigues/Divulgação
No desfile de 2006 parte dos foliões saiu como bloco. Neste ano, o grupo inteiro terá a mesma fantasia (Foto: Alice Rodrigues/Divulgação)

Filmes que abordam o mundo da moda sempre acabam gerando certa polêmica por retratarem um universo por si só repleto de estereótipos, de maneira ainda mais preconceituose. É o caso de Prêt-à-Porter, de Robert Altman, visto com desdém por muitos fashionistas de plantão, que levaram a sério demais a sátira do diretor aos tradicionais lançamentos de coleções em Paris.

Uma discussão semelhante veio à tona com o lançamento de O Diabo Veste Prada, adaptação cinematográfica do best-seller da norte-americana Lauren Weisberger, que acaba de chegar às locadoras. Centrada na figura da megera Miranda Priestley (Meryl Streep), editora da maior revista de moda dos EUA, a produção vem sendo acusada por profissionais do ramo de propagar uma caricatura inexata do que seriam (e, principalmente) de como se vestiriam as pessoas que movem a indústria fashion.

Levemente inspirada na figura de Anne Wintour, editora da Vogue norte-americana desde o início dos anos 80, a personagem central, cuja interpretação rendeu mais uma indicação ao Oscar de melhor atriz a Meryl Streep, esbanja uma coleção invejável de figurinos de grifes como Donna Karan, Gucci e Prada, devidamente escolhidos por Patricia Fields – estilista vencedora do Emmy em 2002 pelos figurinos da série Sex and the City. O mesmo acontece com a gata borralheira da vez, a desajeitada assistente Andy Sachs (Anne Hathaway), contratada pela editora justamente por não ter a mínima noção de moda e, por conseqüência, não conhecer a fama de sua chefe.

Para conquistar o respeito de Miranda, Andy pede a ajuda de Nigel (Stanley Tucci), diretor de moda da revista, que acaba assumindo o papel de fada madrinha da garota, ao transformá-la em um closet ambulante formado por peças de Dolce & Gabbana, Calvin Klein e sapatos Jimmy Choo.

Apesar de favorita à categoria de melhor figurino ao Oscar 2007, Patricia Fields vem tendo de responder a críticas de profissionais da moda a seu trabalho no filme. Um das reclamações seria de que os figurinos estão longe de representar a realidade de um profissional da moda – ao invés de marcas tradicionais como Prada ou Gucci, alguém realmente antenado com o mundo fashion apostaria em grifes de tendência, como Chloé, Marc Jacobs e Marni. Picuinhas à parte, a estilista tira tais comentários de letra. "Meu objetivo não era documentar a indústria da moda, mas divertir o público ao criar um mundo de fantasia fashion", é uma de suas respostas à polêmica. Objetivo cumprido à risca, de Prada ou Marc Jacobs.GGG

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