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Tatyana: mais recente espetáculo da Cia. Deborah Colker faz a abertura oficial do festival na noite de hoje | Divulgação
Tatyana: mais recente espetáculo da Cia. Deborah Colker faz a abertura oficial do festival na noite de hoje| Foto: Divulgação
  • Mais de 500 grupos brasileiros e estrangeiros disputaram vagas para as mostras Competitiva, Meia Ponta e palcos abertos do festival durante a etapa seletiva

De hoje até o dia 30, a terceira maior cidade da região Sul respira dança. Quando os bailarinos da aclamada Cia. Deborah Colker subirem ao palco do Centreventos Cau Hansen, estará oficialmente aberta a 29.ª edição do Festival de Dança de Joinville, o maior do mundo no gênero, segundo o Guiness World Records.

Tatyana, apresentado em Curitiba no último Festival de Teatro, será apenas o primeiro de 150 espetáculos a serem vistos em 11 dias por, presumidamente, 230 mil pessoas. No dia 25, outro ponto alto: a Noite de Gala, a cargo do Balé Teatro Castro Alves, da Bahia, com A Quem Possa Interessar, que também já passou pela capital paranaense, em agosto do ano passado.

A escolha de Tatyana e do espetáculo baiano apontam para uma valorização da dança contemporânea, marcada pela ousadia e pelo improviso. "A gente procura sempre inovar", conta a conselheira artística do festival, Fernanda Chamma. "Já teve musical, já teve clássico. Neste ano, buscamos uma linha mais diversificada."

O evento, porém, transcende as encenações grandiosas. Boa parte de seu apelo reside nas mostras Competitiva e Meia Ponta, esta voltada para o público infantil, nas quais os dançarinos concorrem entre si. Ao todo, são 6,5 mil participantes de diversos estados: o Paraná será representado por oito grupos, a maioria, de Curitiba.

No palco, diferentes gêneros e garantia de gratas surpresas. Na edição do ano passado, por exemplo, Joinville revelou a carioca Mayara Magri, de 17 anos, hoje preparando as malas rumo a Londres para estudar na prestigiada Royal Ballet School. Antes de viajar, ela participa do festival catarinense, com sua companhia Pe­­tite Danse, do Rio de Janeiro.

Pela cidade

Outra marca do Festival de Joinville é ser referência na discussão das tendências do mundo da dança. Ao longo dos 11 dias estão programados workshops e feiras com especialistas (confira a programação completa no site oficial www.festivaldedanca.com.br).

Há ainda apresentações e cursos gratuitos em espaços abertos, como shopping centers e praças – nos principais eventos, co­­bram-se ingressos cujos preços variam de R$ 12 a R$ 110; muitos já acabaram. O foco do evento junto à comunidade é a inclusão social e a educação de qualidade, dizem os organizadores.

Uma novidade é que os vitoriosos desta edição vão participar, em outubro, do primeiro Festival de Dança de Joinville em Paulínia – Grand Prix Brasil. Segundo o coordenador geral do instituto organizador, Victor Aronis, a ideia de levar o evento à cidade do interior paulista objetiva a profissionalização dos bailarinos, "dar início a carreiras promissoras".

História

Criado em 1983, o Festival de Dança de Joinville virou roteiro obrigatório das principais companhias de dança do país. Por seus palcos, a partir de 1995, co­­meçaram a passar também consagrados grupos internacionais de diversas partes do mundo – há quatro anos, por exemplo, a estrela foi o russo radicado nos EUA, Mikhail Baryshnikov.

O evento foi ganhando tamanha proporção que, a partir de 1998, passou a ser realizado numa arena multiuso específica, o Centreventos Cau Hansen, perto da área central da cidade. Neste ano, mais uma vez, é lá que ocorrem as atrações principais.

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