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Cênicas

Destaques teatrais da Virada

Das 12 horas de sábado ao meio-dia de domingo, grupos teatrais se espalham pela cidade. Não perca a volta de Agreste

Na Praça Santos Andrade, A Cruel apresenta Espaço Outro | Hedeson Alves/Gazeta do Povo
Na Praça Santos Andrade, A Cruel apresenta Espaço Outro (Foto: Hedeson Alves/Gazeta do Povo)

Nem só de música se faz a Virada Cultural. Do meio-dia de sábado até as 12 horas de domingo, uma variedade de espetáculos de teatro e dança também se espalhará pela cidade. Tem um pouco de tudo na programação, de peças que aproveitam o embalo do evento promovido pela Prefeitura de Curitiba para voltar ao cartaz e ganhar novos públicos até espetáculo consagrado de fora.

Pouca coisa é inédita, com exceção da investida que a CiaSenhas faz na biografia de Gilda, figura folclórica dos anos 70 e 80.

Em formato de cabaré, o Projeto Gilda não se limita ao teatro, à dança ou à música. Mescla linguagens, ao gosto dos "regentes" selecionados pela CiaSenhas, que por sua vez escolheram seus convidados. Luis Otávio Almeida, Vadeco, Luiz Felipe Leprevost e Jô Mistinguett foram provocados a criar performances na sede da companhia (Rua São Francisco, 35), a partir de um dossiê sobre a vida do homem que se vestia de mulher e circulava pela Boca Maldita.

Mesmo sem o caráter de novidade, contudo, Agreste pode ser considerada a principal atração teatral desta Virada. A peça de 2004 já passou por Curitiba mais de uma vez, é verdade. Mas não é exagero afirmar que está entre as montagens mais bem-sucedidas do teatro brasileiro na década.

Respaldada pela crítica, Agreste percorreu festivais, inclusive o Fringe, faturou prêmios Shell e da Associação Paulista de Críticos de Arte e conquistou o público, consagrando o dramaturgo pernambucano Newton Moreno (As Centenárias).

Desta vez, se apresenta no Sesc da Esquina (R. Visc. do Rio Branco, 969), ao mesmo tempo pela Virada Cultural e pelo Palco Giratório. Num cenário de seca, dois lavradores se apaixonam e escapam da ignorância e da intolerância local. A encenação é comandada pelo diretor Marcio Aurélio, da Cia. Razões Inversas – que, paralelamente, encena também Anatomia Frozen, no mesmo local, domingo, às 19 horas.

Retornos

De volta às curitibanas, vale destacar três montagens que cumpriram temporadas anteriores na cidade. Em Espaço Outro, a ACruel vai à Praça Santos Andrade explorar a relação dos atores com o espaço público, enquanto os espectadores são enclausurados em um cubo de acrílico e recebem instruções que orientam seu olhar para fora.

Volta ao cartaz também Henfil Já!, espetáculo sobre a vida do cartunista e o contexto político da ditadura militar, dirigido por Nena Inoue, no Espaço Cênico (R. Paulo Graeser Sobrinho, 305).

É chance ainda de ver ou rever O Visitante, produção curitibana que ganhou destaque recente na imprensa paulista, e faz uma sessão no Espaço Cultural Fábrica (Rua São Pio X, 43 – Ahú). Trata-se de uma rara peça intimista da poeta Hilda Hilst, na qual mãe e filha disputam atenções masculinas.

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