
Quem já foi à Ilha do Mel (e até quem não foi) certamente conhece o refrão "Esta é a barca para a ilha do mel/Esta é a barca para a ilha". De tanto tocar por lá, o Djambi, banda curitibana de reggae, se tornou uma espécie de marca registrada da Ilha. O lugar foi por muito tempo o quartel-general deles enquanto não estavam em turnê.
A banda com muitas histórias pra contar acaba de lançar um novo DVD, que inclusive foi apresentado neste sábado (12) num show na Fifa Fan Fest, e leva o título "15 anos", apesar de o grupo ter dezoito. "É que quando a gente começou o projeto, a banda tinha quinze. Mas aí até captar, gravar e fazer tudo o tempo passou", conta o vocalista Rodolpho. E é neste clima de tranquilidade que eles levam sua carreira.
Com o lançamento do DVD Eco!, uma compilação das músicas de maior sucesso como Barca, Argamassa e outras inéditas gravadas ao vivo nas Ruínas de São Francisco, o Djambi espera iniciar um novo ciclo. "Vamos começar a cuidar melhor do nosso lado comercial e dar mais atenção aos fãs, coisa que nunca fizemos", brinca Rodolpho, se referindo ao fato de que a banda quase não tem CDs disponíveis para venda, está com o site desatualizado e tem uma frequência baixa no Facebook.
Desse jeito descomprometido e sem ambições, o Djambi foi levando sua trajetória e chegou a fazer mais de dez turnês pela Europa e pelos Estados Unidos.O DVD acompanha um documentário que conta boa parte da história da banda e suas aventuras mundo afora.
A um passo do sucesso
Há quem diga que essas viagens, realizadas quando a banda estava prestes a estourar no cenário nacional, são o motivo para que o Djambi não tenha se tornado o fenômeno que poderia no Brasil. Rodolpho confirma essa impressão: "Foi uma escolha nossa. Não tivemos nenhum empresário ou agente para nos dizer 'não vão agora, não é o momento'. E acreditamos que poderia dar certo lá fora também".
Hoje, com o gênero eclipsado pelo sucesso comercial do sertanejo, o Djambi luta para continuar se apresentando na cidade natal. "O cenário do reggae aqui é bem limitado, os festivais que aconteciam não tem mais acontecido, falta espaços para shows", comenta o músico. "Vamos tentar levar a banda pra outros lugares no Brasil, que tenham uma resposta maior. Aqui em Curitiba não está um bom momento."




