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A gravadora Biscoito Fino lança em DVD o documentário "Maria Bethânia - Música é perfume", do francês Georges Gachot. Com cenas de shows e bastidores, o filme mapeia o processo criativo da cantora. O projeto nasceu no Festival de Montreux, na Suíça, em 1998, quando o documentarista foi a um show de Bethânia pela primeira vez. Depois, foram cinco anos de pesquisa sobre a cantora e toda a história da música brasileira.

O documentário é todo narrado pela própria Bethânia. O filme traça um paralelo entre a sua vida e a nação brasileira. Não à toa, as filmagens ocorrem durante a gravação do disco "Que falta você me faz", dedicado à obra do brasileríssimo Vinicius de Moraes, e a turnê do show "Brasileirinho", em que a cantora lança um olhar apaixonado sobre o país. Gachot procura representar Bethânia como a voz síntese do Brasil.

Além da própria Bethânia, que conta curiosidades de família ("Eu e Caetano adorávamos brincar de faquir quando crianças...Eu acho que foi a primeira aula de concentração que nós fizemos."), há outros depoimentos que permeiam todo o filme. Estão lá o irmão Caetano (que sugeriu o nome Maria Bethânia, inspirado na música homônima, sucesso com Nelson Gonçalves), a mãe Dona Canô, os amigos Chico Buarque, Nana Caymmi e Gilberto Gil, e também o fiel maestro Jaime Alem.

O título "Música é Perfume" vem de uma idéia da própria Bethânia. Para ela, "nada como um cheiro ou uma música para nos fazer sentir, viver, lembrar". A confirmação de suas próprias palavras vem em seguida, ao ouvir sua interpretação de "Melodia sentimental", e se emocionar - "a voz mora em mim, mas não sinto como se fosse minha. É uma expressão de Deus, uma fagulha".

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