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Um documento de 97 anos atrás que oferece pistas sobre a identidade de Eleanor Rigby, tema de uma das canções mais amadas dos Beatles, irá a leilão neste mês, com a expectativa de ser arrematado por 500 mil libras (775 mil dólares).

O manuscrito em questão é um contra-cheque do Hospital da Cidade de Liverpool no nome de E. Rigby, copeira que assinou o recibo de seu salário mensal. Ela recebia 14 libras por ano.

De acordo com a dona do documento, Annie Mawson, o papel lhe foi enviado em 1990 pelo ex-Beatle Paul McCartney, depois que ela escreveu a ele em nome de sua organização beneficente, a Sunbeams Music Trust (www.sunbeamsmusic.org), que usa a música para ajudar pessoas com necessidades especiais.

"Escrevi a Paul e lhe pedi meio milhão de libras. No final da carta eu disse: 'Sabe, eu sei que você é uma pessoa que se preocupa muito com as outras, e acho um privilégio compartilhar minha história com você'", disse ela na terça-feira.

"Nove meses depois, em junho de 1990, esse envelope espantoso me chegou pelo correio. Nove meses depois de eu ter escrito a ele, e isso foi parte do mistério, porque eu imaginava que minha carta tivesse acabado na lata de lixo", disse Mawson à Reuters.

Ela disse que o envelope continha o documento datado de 1911 e trazia um carimbo oficial de turnê de Paul McCartney. O cantor estava fazendo uma turnê mundial na época.

Mawson não entendeu o significado do registro de imediato - apenas quando vasculhou a lista de nomes e viu "E. Rigby".

O documento pode despertar interesse enorme entre colecionadores de memorabília dos Beatles, já que oferece uma das pistas mais claras até agora sobre a identidade de Eleanor Rigby, a mulher na canção do mesmo título, que morre sozinha, sem ninguém que chore sua morte.

De acordo com Web sites musicais, McCartney tinha dito anteriormente que a heroína da canção comovente era fictícia.

O túmulo de uma certa Eleanor Rigby foi encontrado no cemitério da igreja St. Peter's, em Woolton, Liverpool, perto de onde McCartney conheceu John Lennon em 1957.

"Eu me pergunto o quanto Paul McCartney quis revelar quando entregou o documento", disse Ted Owen, diretor administrativo do Fame Bureau, que vai vender o manuscrito como parte de um leilão de memorabília pop em Londres, em 27 de novembro.

Mawson disse que precisa levantar cerca de 1 milhão de libras para a construção de um centro para sua organização beneficente em Cumbria, no noroeste da Inglaterra.

"Achei que este era o momento certo. Tirei o documento do cofre do banco e decidi oferecer em leilão. Achamos que McCartney talvez queira recomprá-lo - nunca se sabe", disse ela.

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