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O Paraná teve dois escritores premiados no Jabuti, uma das mais importantes concursos literários do país: o londrinense Domingos Pellegrini e o curitibano Mário Araújo. Não são apenas os valores financeiros, mas principalmente o prestígio que interessam às centenas de escritores e editoras que se inscrevem todos os anos para o prêmio. O Jabuti é visto como um evento que proporciona visibilidade para a obra e para seu autor.

Na opinião de Pellegrini, a atenção da mídia se volta para os vencedores e repercute em universidades e escolas que adotam os livros ou passam a estudá-lo. "O Jabuti é dado por um júri muito representativo, que confere densidade ao prêmio", completou. O escritor londrinense já é conhecido nas cerimônias de premiação, pois venceu em 1977 com o livro o "Homem Vermelho", na categoria contos. Em 2001 ele voltou a vencer na categoria romance, com o "Caso da Chácara Chão". "Os prêmios foram importantes para mim, porque me fizeram ficar mais conhecido. Antes do segundo Jabuti eu era mais reconhecido como um contista", comentou o autor.

Pellegrini acredita que o prêmio na categoria poesia, este ano, também pode colocar em evidência seu trabalho poético, que começou a ser publicado de forma tardia. O terceiro livro, "Gaiola Aberta", reúne sonetos de mais de 40 anos de trabalho. O londrinense ainda foi premiado na categoria romance, em segundo lugar, com "Meninos no Poder". Até o final do ano, Pellegrini pretende lançar um novo romance, intitulado "Quadrondo", pela Editora Record.

O terceiro lugar para o outro vencedor paranaense, o estreante Mário Araújo, surpreendeu. "Para mim foi uma surpresa a vitória do Araújo. Foi um livro que não circulou muito mas mesmo assim conseguiu o terceiro lugar. Muito bom para quem está começando", comentou Rogério Pereira, editor da caderno literário Rascunho. Araújo foi premiado na categoria contos e crônicas com o livro "A Hora Extrema". Funcionário do Palácio Itamaraty ele está há um mês trabalhando na Tunísia.

Prêmio

O Jabuti é promovido desde 1958 pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e pode ser considerado o mais importante prêmio da literatura nacional. A premiação se refere aos trabalhos publicados em 2005 em todo o país e, para esse ano, serão distribuídos valores que somam R$ 120 mil entre todos os vencedores. A cerimônia de entrega dos prêmios acontece em setembro, em São Paulo.

O Prêmio Jabuti também indicou o poeta londrinense Rodrigo Garcia Lopes, na categoria melhor tradução, com "Flores na Relva", de Walt Withman, mas quem ficou com o prêmio foi o "Livro das Mil e uma Noites", de Mamede Mustafa Jarouche (Globo).

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