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Lançamento

Du Gomide em busca de identidade

Músico paulistano radicado em Curitiba lança seu primeiro álbum solo neste domingo, no Teatro do Paiol

O cantor e compositor mostra canções próprias permeadas por traços de projetos diversos dos quais participa, como os grupos Universo em Verso Livre, Real Coletivo Dub e Serenô | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
O cantor e compositor mostra canções próprias permeadas por traços de projetos diversos dos quais participa, como os grupos Universo em Verso Livre, Real Coletivo Dub e Serenô (Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo)
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Uma das partes do processo artístico de Du Gomide é esperar. O paulistano radicado em Curitiba desde 1998, integrante de diversos projetos musicais na cidade, é o tipo de gente que descobre um disco novo e mergulha nele com tanta dedicação que acaba se transformando. "Quando faço isso, tomo o cuidado de compor mais tarde, para buscar minha personalidade com essa influência", conta o músico. "Sou muito influenciável. Já sabendo disso, sempre busco o meu próprio caminho", diz.

Era natural que esta busca se refletisse no primeiro disco solo de Eduardo Gomide, All In, que o cantor e compositor lança neste domingo, com um show no Teatro do Paiol ao lado dos músicos Denis Mariano (bateria), Cassiano Ricardo (baixo), Seu Zeba (efeitos e samples) e Fred Teixeira (samples, violão e voz), com participações de Sérgio Monteiro Freire (sax), Leandro Lopes (gaita de boca), Ricardo Verocai (Rhodes), Alonso Figueroa (teclado) e Bernardo Bravo (voz).

O álbum, um apanhado de canções próprias reunidas ao longo dos últimos cinco anos, guarda traços e influências dos diferentes grupos dos quais o músico participa.

É o caso de "Eu Não Sabia" e "Estilista", por exemplo, certamente influenciadas pelo Real Coletivo Dub, que estimulou Gomide, um de seus guitarristas, a compor usando a linguagem do rap. "Cangote", parceria do músico com o cantor e compositor Bernardo Bravo, tem uma sonoridade mais rock, que remete ao seu trabalho com a banda Universo em Verso Livre.

"Urubu Rei", feita parceria com Denis Mariano e Fred Fonseca, por sua vez, foi inspirada no estilo do paulista Kiko Dinucci, com quem Gomide tocou em projetos do Serenô.

"Acabei não me prendendo a um estilo. Fui fazendo as músicas conforme vieram", explica Gomide, para quem a identidade do disco está nos timbres mais crus – sonoridade inspirada na chácara do produtor Fred Teixeira em Campina Grande do Sul, onde as gravações aconteceram, em abril do ano passado.

Há ainda referências à música africana, em "Paz e Bem" e ao brega, em "Memória". Tudo com alguma pegada de rock, influência primordial do músico, que começou tocando clássicos de grupos como Beatles e Pink Floyd antes de descobrir os ritmos brasileiros por volta dos 18 anos, estudando guitarra e viola no Conservatório de MPB e, posteriormente, no Bacharelado em Música Popular da Faculdade de Artes do Paraná, onde se diplomaria. "Eu diria que este disco é um resumo do que eu sou", diz Gomide. "É uma satisfação imensa ter tanto trabalho a ponto de quase não conseguir dormir, mas fico feliz com isso. São projetos autênticos, que estão indo para a frente. E ao meu ver, bons", diz.

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