• Carregando...
 | Biel Carpenter/Especial para a Gazeta do Povo
| Foto: Biel Carpenter/Especial para a Gazeta do Povo

Livros de Susan Sontag

O 2º volume dos Diários deve sair no Brasil em 2016. Antes,em 2015, a Companhia das Letras reedita Sob o Signo de Saturno (no 1º semestre) e mais dois títulos a serem definidos .

Ela tem uma voz linda. Dois filmes recentes com imagens de arquivo mostram Susan Sontag (1933-2004) falando sobre arte e sobre o papel do escritor.

"Você não se preocupa com reputação se for uma pessoa honrada. Você apenas tenta fazer o melhor que puder", diz Susan, com voz macia, um pouquinho anasalada, e timbre mais para o grave (talvez sejam os cigarros). Ela morreu em 28 de dezembro, dez anos atrás, e continua insubstituível. Nunca houve uma mulher como Susan.

A cinebiografia Regarding Susan Sontag ("Diante de Susan Sontag", título que faz referência ao do livro Diante da Dor dos Outros) fala mais da vida do que da obra da intelectual nova-iorquina que entrou para a história pelos ensaios que escreveu sobre temas como aids, literatura e cinema.

O filme, produzido pela HBO, é dirigido por Nancy Kates e foi exibido no último Festival de Cinema do Rio.

A HBO também está por trás de The 50 Year Argument ("O Debate de 50 Anos"), documentário de Martin Scorsese sobre a New York Review of Books. Nele, Susan desempenha um papel coadjuvante, mas crucial. Foi na revista que ela publicou suas ideias acerca de fotografia e nazismo.

O escritor Benjamin Moser, depois de escrever uma biografia sobre Clarice Lispector – e praticamente apresentar a escritora brasileira (nascida na Ucrânia) ao mundo de língua inglesa –, trabalha hoje nos arquivos de sua próxima biografada, Susan Sontag (leia entrevista nesta página).

Susan Sontag fazia pouco dos próprios ensaios e almejava ser respeitada como romancista – algo que Phillip Lopate discute longamente em Notes on Sontag (Princeton University Press). Mas as ficções que escreveu, como O Amante do Vulcão e Na América, são consideradas irregulares. Enquanto os ensaios permaneceram.

"Com frequência o que é valorizado em Susan Sontag é a paixão moral dela, a força emocional, o engajamento em ensinar", diz Lopate, ele mesmo ensaísta. "Ler os livros dela me fazia querer ser inteligente como ela."

E essa é uma medida boa do efeito que ler Susan Sontag pode ter sobre alguém: ela faz você desejar ser uma pessoa melhor – mais inteligente, mais interessada, mais engajada.

Ela não só tinha uma voz linda de ouvir como ainda tem uma voz incrível de ler. Susan falando por meio de textos é uma experiência que você, leitor, não esquece nunca. Ela é daquelas escritoras capazes de explicar conceitos complexos de uma forma envolvente. É como se um texto dela fosse capaz de gerar mais sinapses que qualquer outro.

Ela tem uma voz linda. Dois filmes recentes com imagens de arquivo mostram Susan Sontag (1933-2004) falando sobre arte e sobre o papel do escritor.

"Você não se preocupa com reputação se for uma pessoa honrada. Você apenas tenta fazer o melhor que puder", diz Susan, com voz macia, um pouquinho anasalada, e timbre mais para o grave (talvez sejam os cigarros). Ela morreu em 28 de dezembro, dez anos atrás, e continua insubstituível. Nunca houve uma mulher como Susan.

A cinebiografia Regarding Susan Sontag ("Diante de Susan Sontag", título que faz referência ao do livro Diante da Dor dos Outros) fala mais da vida do que da obra da intelectual nova-iorquina que entrou para a história pelos ensaios que escreveu sobre temas como aids, literatura e cinema.

O filme, produzido pela HBO, é dirigido por Nancy Kates e foi exibido no último Festival de Cinema do Rio.

A HBO também está por trás de The 50 Year Argument ("O Debate de 50 Anos"), documentário de Martin Scorsese sobre a New York Review of Books. Nele, Susan desempenha um papel coadjuvante, mas crucial. Foi na revista que ela publicou suas ideias acerca de fotografia e nazismo.

O escritor Benjamin Moser, depois de escrever uma biografia sobre Clarice Lispector – e praticamente apresentar a escritora brasileira (nascida na Ucrânia) ao mundo de língua inglesa –, trabalha hoje nos arquivos de sua próxima biografada, Susan Sontag (leia entrevista nesta página).

Susan Sontag fazia pouco dos próprios ensaios e almejava ser respeitada como romancista – algo que Phillip Lopate discute longamente em Notes on Sontag (Princeton University Press). Mas as ficções que escreveu, como O Amante do Vulcão e Na América, são consideradas irregulares. Enquanto os ensaios permaneceram.

"Com frequência o que é valorizado em Susan Sontag é a paixão moral dela, a força emocional, o engajamento em ensinar", diz Lopate, ele mesmo ensaísta. "Ler os livros dela me fazia querer ser inteligente como ela."

E essa é uma medida boa do efeito que ler Susan Sontag pode ter sobre alguém: ela faz você desejar ser uma pessoa melhor – mais inteligente, mais interessada, mais engajada.

Ela não só tinha uma voz linda de ouvir como ainda tem uma voz incrível de ler. Susan falando por meio de textos é uma experiência que você, leitor, não esquece nunca. Ela é daquelas escritoras capazes de explicar conceitos complexos de uma forma envolvente. É como se um texto dela fosse capaz de gerar mais sinapses que qualquer outro.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]