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Música

Elomar, “forria” e viola

Cultuado compositor e violeiro mostrará sucessos e peças de sua música “erudita-sertaneja” em três shows no Teatro da Caixa

Elomar (ao centro) com os violonistas que o acompanham: cancioneiro em partitura | Divulgação
Elomar (ao centro) com os violonistas que o acompanham: cancioneiro em partitura (Foto: Divulgação)

O violeiro, cantor e compositor Elomar se apresenta pela primeira vez em Curitiba, de sexta-feira a domingo, no Teatro da Caixa. Os ingressos começam a ser vendidos hoje, a partir do meio-dia.

No show Elomar Cancio­neiro, o músico promete mostrar um repertório que contempla seus sucessos como "O Violeiro" e "Cantiga de Amigo", além de outras músicas de seus 45 anos de carreira que ele deixou de interpretar com o passar dos anos.

Recluso, Elomar mora em uma fazenda na região da Gameleira, no município de Vitória da Conquista (BA) e há mais de dez anos não concede entrevistas à imprensa. Sua obra, no entanto é objeto de culto entre estudiosos do violão e da cultura popular brasileira.

O violeiro é mais conhecido do público por suas canções, especialmente, por sua participação nos dois volumes de Cantoria, projeto lançado em 1984 em que dividia o palco com Vital Farias, Xangai e Geraldo Azevedo.

Elomar, no entanto, é um singular compositor "erudito-sertanejo" que já fez diversas óperas e antífonas, além de vários concertos, "galopes" e inúmeras peças para viola e violão.

O espetáculo que chega ao Teatro da Caixa é baseado no livro Elomar em Partituras – Cancioneiro, seleção de suas músicas composta por 14 conjuntos de partituras, caderno de letras e notas de edição, e um livro escrito pelo jornalista João Paulo Cunha.

A transcrição das partituras teve a direção artística e coordenação musical de Letícia Bertelli e do também violonista e filho do compositor João Omar. Bertelli faz participação no espetáculo ao lado dos violonistas Maurício Ribeiro, Hudson Lacerda, Avelar Júnior e Kristoff Silva, músicos que estudam a obra de Elomar.

Voz e violão

De acordo com a assessoria de imprensa do espetáculo, a dimensão da tarefa exigiu muito dos músicos, pois, além da técnica, foi preciso "sensibilidade e até mesmo capacidade de invenção, para traduzir em linguagem culta uma música que, muitas vezes, vai além das convenções conhecidas, sem perder o horizonte do respeito à obra".

O trabalho de seleção das 49 partituras durou cerca de dois anos. A forma escolhida para o espetáculo – voz e violão – serve tanto para as canções quanto para as árias de outras composições maiores que também fazem parte dos temas transcritos.

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