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MÚSICA

Elza Soares traz “A Mulher do Fim do Mundo” para o palco do Guairão

Repertório do disco mais premiado do ano passado será a base do show que tem figurino assinado por estilista curitibano

 | Marcos Hermes/Divulgação
(Foto: Marcos Hermes/Divulgação)

“Recatada e do lar é o #*@$#... Minha linguagem é outra, sou da rua, trabalhadeira, sou do mundo, sou do meio povo”, afirma a cantora Elza Soares.

Aos 78 anos, a cantora chega a Curitiba nesta sexta-feira (6) para uma única apresentação do show “A Mulher do Fim do Mundo”, às 21 horas, no Teatro Guaíra, dizendo ser a voz “dos negros, dos gays e das mulheres. Quero fazer barulho e quero o eco de vocês”, convoca.

Elza vem com a mala cheia dos mais importantes prêmios da indústria fonográfica do país por conta do álbum - homônimo do concerto – lançado no ano passado.

“Estes prêmios não são balela, são um reconhecimento: ganha quem merece e a gente vai lá buscar. O mais importante, porém, é que o povo goste.”

Encontro de gerações

Primeiro álbum só de canções inéditas nos mais de 60 anos de carreira da cantora, o disco foi uma parceria da cantora com os nomes de maior destaque de uma nova geração de músicos e compositores paulistanos.

Sentada em um trono metálico em meio a um cenário cercado por mil sacos plásticos de lixo preto, Elza contracena com o grupo Bixiga 70 e com uma banda de mais de 15 músicos liderados pelo produtor Guilherme Kastrup.

“O show é um escândalo. É difícil até de explicar. É uma coisa muito visual. Para ver e ouvir.”

Elza Soares Cantora

Elza ainda se recupera de uma cirurgia na coluna a que se submeteu no ano passado, mas afirma que a condição não atrapalha o desempenho no show. Ela se prepara para um turnê na Europa que vai durar até o começo de 2017.

“Este disco é um trabalho forte que não se esgota. Cada vez que você ouve é diferente” , diz.

Elza comenta ainda o cenário político brasileiro e afirma que teme uma onda de conservadorismo. “Estou com medo do Brasil. Retroceder jamais. O povo tem que estar acordado, não podemos dormir. As pessoas tem o direito de ser como quiserem. Nós, artistas, precisamos manter o povo aceso”.

Figurino

A cantora se apresenta com um vestido criado pelo estilista curitibano Alexandre Linhares, da Heroína. Alexandre e Elza trabalham juntos desde “Elza Canta e Chora Lupicínio”, espetáculo anterior da artista. Para o novo espetáculo, Linhares assina o macacão preto de vinil com correntes e chifres no ombro. “Ficou um arraso”, elogia Elza. “O Alexandre é demais: uma gracinha, educado e talentoso.”

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