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 | Marcelo Elias/Agência de Notícias Gazeta do Povo
| Foto: Marcelo Elias/Agência de Notícias Gazeta do Povo
  • Show de Slash lotou o Curitiba Master Hall nesta quarta-feira
  • Foi a segunda apresentação do guitarrista em Curitiba neste ano
  • Slash empolgou o público curitibano com antigos sucessos do Guns´n Roses

"Olê, olê, olê, olê, Slashê, Slashê" exigia o público ontem no bis , no melhor "curitibanês" de multidão possível. Apesar de estar fora do circuito internacional relevante do pop e do rock nos últimos anos, Curitiba ainda é porto seguro para bandas heavy metal (e hard rock) que cá aportam atrás de seu público de nerds e doidões; velhos e adolescentes.

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No calor da pista, ou nas três diferentes "áreas vips" do lotado Curitiba Master Hall, o povo se acotovelou feliz para ver Slash, o vocalista Miles Kennedy e a banda The Conspirators.

Nisto, a cidade, às vezes peculiar, fica mais perto do resto deste país latino e metaleiro. Esperto, o guitarrista inglês já flagrou o fenômeno. Tanto que veio para o Brasil duas vezes com o Guns’n Roses e depois com todos os projetos que montou. Em Curitiba, foi a segunda vez em menos de um ano.

Mesmo com o risco de se tornar figurinha carimbada, Slash segue bem-vindo pelos curitibanos que vestem camiseta preta. Aqui ele "joga em casa", pois continua interessante e relevante pelo menos para um público que tem na palheta.

A maioria, claro, era de "gunzeros" – como indicava a amostragem das camisetas pretas – que vieram atrás das boas memórias do tempo áureo da banda californiana. Slash deu os riffs e solos que fazem a lenda da banda há mais de 20 anos.

Ao lado da banda liderada por Myles Kennedy e outros ótimos músicos, Slash mostrou duas horas de seu competente hard rock também com músicas de seu mais recente álbum solo, "Apocalyptic Love".

De cara, provou que está bem mais em forma (física, mental e artística) do que o ex-parceiro Axl Rose. E conseguiu regalar os fãs de Guns com uma meia dúzia de musicas da banda que sempre tiveram a marca do guitarrista. A primeira foi "Night Train", de "Appetite For Destruction", a matadora estreia do Guns.

Mais perto do fim do show, os acordes de "Sweet Child 'O Mine" devem ter acordado metade dos milicos que estão no batalhão vizinho ao local do show."Herdeiro" de Hendrix (e de Page e Van Halen), Slash é um guitar hero elegante: de cartola, entra quieto e sai calado do show, fora alguns coros de backing vocal. Barulho apenas na guitarra Les Paul.

Slash é artista ciente do personagem –quase de cartum - que criou para si e sabe se vender. Com isso, agrega valor até aos ambulantes oportunistas da saída do show que ontem vendiam seu proverbial chapéu a preços que iam de R$ 15 a R$ 50.

O show seguiu praticamente o mesmo set list das apresentações do Rio e São Paulo. Em Curitiba, com o bônus do tema de Nino Rota para o filme "O Poderoso Chefão", como fazia para concentrar e entreter a audiência nos tempos dedo Guns.

O repertório, ao fim, percorreu todas as fases de sua carreira - com temas menos conhecidos, mas nunca tão chatos que uma ida ao bar comprar uma cerveja não resolvesse.

Ao fim, para a ovação geral, o vocalista Myles Kennedy anunciou: "Na guitarra elétrica, Slash". Em Curitiba, hoje em dia, ainda é o homem certo no lugar certo.

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