Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
CARANAVAL

Esnobada, Nenê de Vila Matilde exalta Curitiba neste sábado em SP

Tradicional escola de samba paulistana lamenta a falta de apoio financeiro dos empresários de Curitiba.

Ala das baianas: ensaio técnico da Nêne de Vila Matilde, na semana passada. | Divulgação/
Ala das baianas: ensaio técnico da Nêne de Vila Matilde, na semana passada. (Foto: Divulgação/)

Onze vezes campeã do carnaval paulistano, a escola de samba Nenê de Vila Matilde será a penúltima a entrar na passarela do sambódromo do Anhembi, já às 03h55 da madrugada deste domingo (26), para desfilar em cantando as belezas de Curitiba.

Com o enredo batizado de “Coré Etuba — A Ópera de todos os povos... Terra de todas as gentes... Curitiba de todos os sonhos!”, a escola azul e branca vai exaltar o urbanismo e a formação étnica da cidade com seis carros alegóricos e mais de três mil integrantes.

O presidente da agremiação Rinaldo “Mantega” Andrade lamenta, no entanto, que a população homenageada não tenha “comprado a briga” da escola.

“A expectativa é de um carnaval grande e digno de uma grande escola sobre uma grande cidade.porém quase sem apoio nenhum dos empresários da cidade”.

Segundo Mantega, com exceção da empresa Serra Verde Express, nenhum outro empresário contatado por intermédio da antiga gestão da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) se “sensibilizou em contribuir” com o financiamento do desfile.

“Infelizmente tivemos que bancar sozinhos. Alguns empresários que nos acenaram deram pra trás na hora h”.

A escola também pretendia convidar personalidades curitibanas como o ator Alexandre Nero e o maestro Waltel Branco, mas também não conseguiu.

“Não nos ajudaram no contato e as coisas não foram em frente. Poderíamos fazer um espetáculo maior, exaltando a cidade”, lamenta. “Mas ainda faremos um grande carnaval”.

Sem este apoio, a escola precisou bancar sozinha os cerca de R$ 5 milhões do orçamento do desfile deste ano. Até a semana passada, as fantasias da escola podiam ser adquiridas na quadra e custam entre R$ 380 e R$ 400, mas poucos curitibanos se interessaram em desfilar, segundo Mantega.

Ópera e Botânico

O enredo em homenagem a Curitiba tem cinco partes, e começa com a formação lendária da cidade pelo cacique Tindiquera.

Depois, o enredo dá ênfase à presença dos negros na formação de Curitiba, seguida pela chegada das demais etnias. A quarta parte é dedicada a “revolução urbanística” e ao final há uma homenagem a artistas como Paulo Leminski e Poty Lazarotto.

Em seu primeiro carro, a escola trará uma alegoria da Ópera de Arame com o teto aberto, por onde emergirá um casal de passistas. O carro final faz referências à estrutura metálica do Jardim Botânico e aos ônibus biarticulados.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.