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Olhar de Cinema

Filme "Diálogo de Sombras" explora a quietude

Curta de Jean Marie-Straub e Danièle Huillet incita o público a um diálogo pouco intenso, mas sensível

 | Divulgação
(Foto: Divulgação)

A paisagem remete a um lugar bucólico. Homem e mulher, separados por um lago-abismo, concentram discursos sobre amor, tédio e religião. Ao longo da narrativa, vão traçando linhas de pensamentos que se encontram e desencontram, de acordo com o tom escolhido.

Diálogo de Sombras, dos franceses Jean Marie-Straub e Danièle Huillet, joga com a quietude do espectador através do diálogo, colocando-o numa linha tênue entre o pensamento racional e o devaneio dos personagens. "É pelo tédio que descubro uma alma em mim", é sentença emblemática e exemplo de alguns dos aforismos utilizados ao longo do curta para alavancar as discussões dos temas-base.

Parte da mostra Outros Olhares, que traz ao público filmes experimentais, de abordagem diferente daquelas encontradas no cenário cinematográfico comercial, a inventividade dos diretores revela-se através da forma de filmagem – há poucos tipos de enquadramento e movimentos de câmera e de linguagem --, além do método de interpretação do roteiro: os atores leem integralmente o texto, do início ao fim.

Straub e Huillet conseguem, enfim, trazer novas perspectivas a assuntos tratados em outras obras de forma pouco aprofundada e nada reflexiva.

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