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Estatais financiam mostra

Acontece no MON o Festival de Cinema Brasileiro e Latino, evento produzido por empresa da atriz Íttala Nandi

A segunda edição do Festival do Paraná de Cinema Brasileiro e Latino – que começou na última sexta-feira e vai até o dia 11 de outubro – contou com o integral apoio do governo do estado do Paraná. Todos os seis longas-metragens e 19 curtas-metragens que participam da competição serão exibidos no espaço do Museu Oscar Niemeyer (MON e os patrocinadores do evento são empresas estatais ou ligadas ao governo.

O festival está sendo realizado pela Nandi Produções Artísticas, empresa da atriz e produtora Íttala Nandi, e viabilizado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). Além de produzir o festival, Íttala coordena o curso de Bacharelado em Cinema e Vídeo da Faculdade de Artes do Paraná (FAP), instituição estadual. A reportagem procurou Íttala, mas a atriz e produtora recusou-se a conceder entrevista à reportagem do jornal Gazeta do Povo.

Segundo informações do Ministério da Cultura, o projeto inicial solicitava uma verba de aproximadamente R$ 210 mil, que foi complementada este mês, totalizando um orçamento de R$ 368.044,60, com o patrocínio da Companhia Paranaense de Energia (Copel), Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Companhia de Informática do Paraná (Celepar), Grupo Positivo e apoio do Ministério das Relações Exteriores e do Governo Federal.

A reportagem apurou o orçamento médio da Mostra de São Paulo – um dos mais importantes eventos de cinema do Brasil, que começa este mês –, cerca de R$ 4 milhões. A diferença fica por conta do tamanho do evento: a mostra é realizada em 19 salas de cinema, com exibição em média de 400 filmes e duração de 16 dias.

No 2.º Festival do Paraná de Cinema Brasileiro e Latino serão exibidos 25 filmes ao longo dos seis dias, com estimativa de mil espectadores por dia. O festival conta com a participação de 200 convidados, entre personalidades políticas e culturais locais e de outros estados, e quatro convidados internacionais.

Segundo informou Íttala Nandi no material de divulgação da mostra, o festival "areja os espaços culturais, abre fronteiras, permite troca de conhecimentos e ajuda a aevolução educacional, além de gerar empregos e desenvolver o turismo".

A convite da Nandi Produções Artísticas, Denise del Cueto e Claudia Gutierres, da Del Cast; e Vera de Paula, da Mapa Filmes, formam o conselho responsável pela curadoria dos filmes internacionais.

A mostra competitiva de longas abriu este ano com a exibição do longa Querô, de Carlos Cortez, que já acumulou prêmios em festivais como o de Brasília e o Cine Ceará. Participam da competição também o boliviano American Visa, de Juan Carlos Valdivia; Esses Moços, de José Araripe Jr.; o argentino O Fundo do Mar, de Damián Szifron; o documentário Jardim Ângela, de Evaldo Mocarzel; e O Último Bandoneón, uma co-produção argentina e venezuelana de Alejandro Saderman. Ao longo da mostra estão sendo exibidos também os 19 curtas-metragens que participam da competição.

Pelas manhãs, são ministradas oficinas de cinema gratuitas, pelo crítico italiano Adriano Aprá e pelo documentarista Evaldo Mocarzel.

Paralelamente à mostra oficial, o festival exibe oito filmes árabes e africanos que discutem questões como preconceito, exílio, refugiados, guerras, música e opressão à mulher. Os filmes foram selecionados pelos curadores através do diretor francês Pascal Privet, responsável pela organização do Rancontre de Cinema Manosque – evento que reúne diretores na França e atualmente se encontra em sua 20.ª edição.

Entre os destaques, o filme Independente (Mahaleo), de Paes e Rajaonarivelo, que acompanha a história de um grupo de músicos negros que se engajaram no desenvolvimento político de Madagascar; e o documentário Nós e os Outros – Um Retrato de Edward Said, de Emmanuel Hamon, que retrata a vida do intelectual palestino, autor de obras-chave para a compreensão do mundo árabe, como Orientalismo (1978).

As exibições acontecem no Auditório Poty Lazarotto, no MON (Rua Marechal Hermes, 999), e a entrada é gratuita.

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