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Música

Estilo feito com a alma

Atrações nacionais e internacionais tomam conta do roteiro do 1º Pensador Blues Festival

Blues Etílicos: intérpretes de um gênero que ganha cada vez mais espaço | Divulgação
Blues Etílicos: intérpretes de um gênero que ganha cada vez mais espaço (Foto: Divulgação)

A fé dos escravos afro-americanos que cantavam esgotados pelo trabalho nas lavouras de algodão do sul dos Estados Unidos deu origem ao blues. Eram os primeiros anos do século 19. O gênero marcado por letras melancólicas ultrapassou fronteiras de espaço e tempo e em­­bala o 1.º Pensador Blues Fes­­­tival nes­­te sábado, no Vanilla Music Club.

O evento se estende por cinco horas ininterruptas em que dez atrações, nacionais e internacionais, se revezam no palco.

Inspirados por clássicos, como B.B. King, Buddy Guy, Oscar Pe­­­terson e Ella Fitzgerald, as atrações nacionais contarão com as bandas Blues Etílicos, Décio Caetano Blues Band e Igor Prado Band; as internacionais serão representadas por Donny Nichillo, Rodica, Max Hracek, Mariano Cabrera e a porteña Florência Horita.

A exemplo do Festival de Jazz & Blues de Rio das Ostras (RJ), o Pensador é uma reação de como o gênero, apesar de não servir às massas, tem conquistado espaço no país.

"Como qualquer música raiz, o blues nunca alcançará a proporção da música pop. Não faz parte do mainstream, mas a representatividade tem aumentado bastante, aqui e lá fora", afirma o paulistano Igor Prado.

Considerado um dos três melhores guitarristas do mundo pela revista canadense Real Blues Magazine, em 2007, Prado gravou recentemente um CD com o gaitista norte-americano Lynwood Slim, e é um dos destaques do evento.

Florencia Horita, revelação do blues argentino, tem apenas 20 anos, e há cinco se dedica à guitarra. "Na adolescência, meu pai me mostrou um disco do B.B. King e eu fiquei encantada. Depois disso, comecei a ter aulas particulares de guitarra e não parei mais", conta a musicista que, além de King, apresentará canções de T-Bone Walker e Ronnie Earl.

"Nunca toquei fora do meu país. Estou muito feliz e ansiosa", confessa Florencia que ainda não conhece o Brasil.

Desde 2004, quando ocorreu o Natu Blues Festival, que Curitiba não abriga um festival exclusivo do gênero. Na opinião de Caio Novaes, um dos organizadores do evento, a ideia é reavivar os tradicionais festivais e incluir Curitiba no roteiro nacional do blues. "Os amantes do blues, que são muitos, estão em jejum há sete anos. Está na hora de termos um banquete inesquecível".

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