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Corrupção

Ex-ministro Juca Ferreira é intimado a depor em CPI do Municipal de SP

Juca era secretário de Cultura de São Paulo no período em que começaram as irregularidades na gestão do teatro

Juca (foto) será questionado por ter indicado José Luiz Herencia ao cargo de diretor do Theatro Municipal de São Paulo. | Pedro França/Agencia Senado
Juca (foto) será questionado por ter indicado José Luiz Herencia ao cargo de diretor do Theatro Municipal de São Paulo. (Foto: Pedro França/Agencia Senado)

A CPI que investiga, na Câmara dos Vereadores de São Paulo, desvio de recursos e outras irregularidades na gestão do Theatro Municipal intimou o ex-ministro da Cultura Juca Ferreira a prestar depoimento sobre o escândalo em agosto.

Segundo Quito Formiga (PSDB), presidente da comissão, não há ainda indícios de envolvimento de Juca em esquema que causou um rombo de R$ 15 milhões nas contas do teatro. Juca foi chamado por ter sido secretário de Cultura municipal no período em que começaram as irregularidades e também será questionado por ter indicado o ex-diretor geral da casa, José Luiz Herencia, ao cargo.

Herencia é investigado por recebimento de propina e fechou acordo de delação no Ministério Público.

Irregularidades

Nesta quarta, a CPI também aprovou um pedido de quebra de sigilo bancário do secretário de Comunicação da prefeitura, Nunzio Briguglio Filho. A quebra ainda não foi autorizada pela Justiça. Segundo Formiga, também foram pedidos o afastamento de Nunzio de seu cargo, além de acesso a e-mails trocados por ele.

Briguglio é investigado por ter intermediado, via e-mail, contrato entre o teatro e a empresa espanhola Old and New Montecarlo. A produtora recebeu pagamento do Instituto Brasileiro de Gestão Cultural, organização social que administra o teatro, no valor de cerca de R$ 1 milhão, para a produção de “Alma Brasileira”, projeto cênico que não saiu do papel. O valor é referente a uma parcela.

Briguglio e o maestro John Neschling, atual diretor artístico do teatro, foram citados em depoimentos à CPI de José Luiz Herencia, ex-diretor geral investigado por recebimento de propina, e por William Nacked, diretor do IBGC que, com o andamento das investigações na Promotoria, também acabou sendo afastado.

O que está sob suspeita é a negociação de Briguglio e Neschling com empresas na Europa, e por esta razão a CPI também requereu à Polícia Federal a lista de entrada e saída de ambos do país desde 2013, ano em que Neschling assumiu a direção da casa. O maestro foi intimado pela CPI, mas ainda não depôs. A reportagem tentou ouvir Nunzio, mas não obteve resposta até as 17h30.

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