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Febre do Rato mostra poeta que sobrevive a uma Recife sombria

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(Foto: Reprodução)

Uma Recife em preto e branco socialmente desfigurada e economicamente desigual é o cenário escolhido pelo diretor Cláudio Assis para retratar as várias formas de expressão de Zizo (Irandhir Santos), um poeta anarquista que relata a aspereza da capital pernambucana num pequeno jornal independente.

A partir da poesia, da nudez ininterrupta – tratada no filme como representação irônica da imagem do corpo –, da homossexualidade, da liberdade individual e coletiva e das drogas, o cineasta cria em Febre do Rato um ambiente desestruturado, complexo e sujo. O sexo apresentado sem estereótipos nem interpretações pré-concebidas realça a intenção do cineasta pernambucano em desmantelar visões incrustadas sobre o assunto.

Ele também lança uma provocação: a desconstrução do nosso modelo atual de sociedade seria realmente inalcançável?

Expressão típica do Recife, Febre do Rato representa alguém inquieto, que está fora de controle. Arquétipo da inquietude, o poeta ecoa durante o filme versos significantes para o entendimento de seu “vasto mundo”, o que implica ao espectador compreender o desenvolvimento do universo do personagem.

Vencedor na categoria de melhor filme do Festival de Paulínia em 2011, o drama é praticamente uma ode à liberdade.

E uma crítica à degradação de uma sociedade impositiva.

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