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Cênicas

Feras metafóricas rondam o teatro

Trio de atores integra o grupo do Clube Curitibano | Mariana Santos/Divulgação
Trio de atores integra o grupo do Clube Curitibano (Foto: Mariana Santos/Divulgação)

A estreia desta semana no Teatro do Sesi no Portão, As Feras requer disposição imaginativa do público. Na trama, um trio formado por pessoas bem diferentes entre si – um mecânico, um biólogo e uma professora de artes – se vê trancado num cubículo, escondendo-se de feras que os perseguem. O que são essas feras fica para o espectador decidir.

"O que é uma fera para cada um? Os temores pessoais, o código moral, limites?", questiona o autor e diretor Enéas Lour.

A peça estreou no ano 2000 e agora foi refeita pela companhia Drops dell´arte, de Enéas.

Quando escreveu o texto, Lour tinha em mente outras questões. Agora, entraram preocupações do momento, como as manifestações – mas restam aquelas existenciais, como a reflexão de Jean-Paul Sartre sobre o inferno ser "os outros".

A encenação é inspirada livremente no teatro do absurdo. "Não o clássico, do século passado, mas numa linguagem metaforizada", diz Lour. Em comum com as "feras" de Samuel Beckett, os personagens vivem um clima de ameaça constante, física e psicológica. Ao mesmo tempo, a ironia e o sarcasmo estão presentes no texto.

Atuam na peça Carlos Valente e Simone Nercolini, do grupo do Clube Curitibano, e Gilmar Rodrigues. Um ponto a favor do espetáculo é o fato de contar com trilha original, elemento cada vez mais presente no teatro curitibano. A composição é do músico Marco Duboc, enquanto a iluminação é assinada por Dani Regis.

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