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Teatro

Festival aposta em peças estrangeiras

Curitiba recebe em março quatro espetáculos internacionais que mesclam tecnologia, música, dança e acrobacia

Cena de Forces, montagem de maior vigor físico na grade deste ano | Divulgação
Cena de Forces, montagem de maior vigor físico na grade deste ano (Foto: Divulgação)

Seguindo uma marca dos últimos anos, o Festival de Teatro de Curitiba deste ano traz na noite de estreia um espetáculo internacional. De 24 de março a 5 de abril, a cidade vive sua lua de mel anual com as artes cênicas, e desta vez conhecerá o trabalho de quatro grupos estrangeiros (dois dos EUA e dois da Espanha).

Forces, peça de maior vigor da grade deste ano, faz a abertura no dia 24 de março no Guairão. Os bailarinos da companhia Elizabeth Streb vivem sob a constante pressão da mestra por saltos mais altos, movimentos mais arriscados, num balé que exige, como diz o título, força, coordenação e trabalho em equipe. A artista norte-americana mescla o teatro físico com acrobacia e acredita que "qualquer coisa que seja totalmente segura não é ação", conforme declarou em entrevista.

"Ela costuma fazer grandes eventos pirotécnicos", conta um dos curadores do festival, Celso Curi. "Acho moderno, multicultural, atrevido", contou à Gazeta do Povo o diretor do evento, Leandro Knopfholz.

As demais atrações internacionais fazem uso de vídeos em formatos pouco vistos por aqui. A House in Asia, do grupo catalão Agrupación Señor Serrano, usa a técnica de bonecos manipulados, cuja ação é projetada num telão. A sátira fala dos "três maiores inimigos dos Estados Unidos": a baleia Moby Dick, o índio Gerônimo e Bin Laden.

O segundo grupo espanhol, comandado por Roger Bernat, coloca os espectadores para trabalhar em Numax. A peça simula uma sessão decisória (sindical, jurídica?) em que será decidido o futuro da fábrica de eletrodomésticos Numax. A referência é real e alude ao processo de falência da empresa, quando os trabalhadores tentaram assumir sua administração. Fica o aviso: quase todos na plateia são chamados a participar, lendo – ou interpretando -- as falas num telão.

Na opção mais intimista, Surfacing (emergindo), o músico e performer norte-americano Holcombe Waller faz um solo em que desabafa sobre sua história e sexualidade. Aqui também entram vídeos de apoio. "O depoimento da avó dele é fantástico", garante Curi.

Dias de Luta, Dias de Glória será o musical desta edição. Com estreia prevista para março em São Paulo, ele conta a trajetória da banda Charlie Brown Jr. a partir da visão do vocalista Chorão, morto em 6 de março de 2013.

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