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Crítica

Filme oferece mais do mesmo

É importante e necessário revelar tudo o que aconteceu na ditadura brasileira, as atrocidades cometidas, ainda mais que as feridas não foram fechadas e talvez nunca sejam por aqueles que viveram o período, principalmente os torturados e seus familiares. O tema é chave na história recente brasileira, mas talvez não justifique a enxurrada de filmes sobre ele.

São raros os trabalhos que fogem do lugar-comum do embate entre jovens revolucionários "inocentes e idealistas" e "demoníacos" militares torturadores. Os cineastas ficam sempre no velho joguinho maniqueísta de bem contra o mal, e não se aprofundam realmente em seus personagens (principalmente os opositores).

Com um direção dura e acadêmica, Helvécio Ratton segue a mesma cartilha em Batismo de Sangue – e ainda traz como bônus as cenas mais violentas de tortura do cinema nacional. O filme é mal-estruturado – Caio Blat no papel de Tito, inicia como protagonista, depois é completamente esquecido, para só retornar no final. Apenas Daniel de Oliveira se salva no elenco, apresentando um trabalho muito consistente. (RF) GG

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