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Um filme sobre o relacionamento entre o extravagante pianista Liberace e seu jovem amante deslumbrado, apresentado no Festival de Cinema de Cannes nesta terça-feira, jogou os holofotes nos direitos dos gays durante o maior evento anual da indústria do cinema. O diretor Steven Soderbergh disse ter lutado cinco anos para conseguir financiamento para "Behind the Candelabra" porque alguns investidores achavam que o filme somente teria apelo para um audiência gay e, ao custo de 25 milhões de dólares, seria um risco financeiro. Por fim, ele obteve a verba do canal de TV a cabo HBO, da Time Warner, e fez o filme com Michael Douglas no papel de Liberace e Matt Damon como Scott Thorson, com quem o pianista manteve um romance secreto por cinco anos. Soderbergh disse ser coincidência o fato de o filme estar sendo lançado durante um debate mundial sobre os direitos dos gays e casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas admitiu que isso foi muito oportuno. No mês passado, a França se tornou o 14o país a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, uma iniciativa adotada nos Estados Unidos por 12 Estados e o Distrito Federal. Liberace foi uma grande celebridade, mas negava publicamente sua homossexualidade, já que na época ser gay era um grande tabu. "Ao fazer o filme, o aspecto sócio-político disso não estava de fato em minha mente, mas eu me concentrei em ... tentar tornar esse relacionamento o mais crível e realista que eu pudesse", afirmou Soderbergh em entrevista à imprensa, tendo ao lado Douglas e Damon. "Quando esse assunto vem à tona, de direitos iguais para os gays, eu fico esperando que daqui a 50 anos estejamos olhando para trás e perguntando por que isso foi sequer debatido e por que levou tanto tempo." Douglas e Damon disseram que estavam ambos ansiosos por trabalhar com Soderbergh, que anunciou seu plano de se aposentar do cinema depois deste filme.

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