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Homenageado 46 anos após sua morte, o polêmico dramaturgo, escritor e jornalista Nelson Rodrigues estará em destaque durante toda a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), no Rio de Janeiro, que abriu neste ano um generoso espaço para o teatro na sua programacão. Ele foi saudado pela crítica Barbara Heliodora na noite de quarta-feira (4), na abertura do evento, como "o criador do teatro brasileiro moderno".

"A montagem de 'Vestido de noiva', de 1943, foi o divisor de águas no nosso teatro", definiu Barbara. "Nelson foi um repórter pernambucano encantado pelo Rio, e a cidade está muito presente em sua obra. Foi ele também que levou a nossa fala, a língua brasileira, para o palco", completou.

A vida e obra do autor, que escandalizou seus contemporâneos por expôr os tabus da reprimida família brasileira, serão alvos, até domingo, de três mesas de debates. Nesta quinta-feira (5), às 15h, quem começa a conversa sobre Nélson Rodrigues são os dramaturgos Augusto Boal, criador da metodologia do teatro do oprimido, e Eduardo Tolentino, fundador do grupo Tapa.

No sábado, às 10h, será a vez do cineasta Arnaldo Jabor, que adaptou para o cinema "Toda a nudez será castigada", da professora Leyla Perrone-Moisés e do artista plástico Nuno Ramos, ambos autores de ensaios sobre Nelson Rodrigues, conduzirem as discussões. Que se encerra, junto com a Flip, no domingo à noite, com os autores e produtores teatrais Bosco Brasil e Mário Bortolotto.

Além dos debates, no sábado, às 22h, a diretora Bia Lessa comandará uma leitura de "O beijo no asfalto", na avaliação de Barbara Heliodora a segunda obra-prima de Nelson. Desta vez, os atores serão escritores brasileiros, estudiosos e entusiastas da obra rodriguiana presentes na Flip.

Uma exposição de fotos do escritor também está em cartaz: "Uma tragédia em 24 atos" mostra a vida do autor em 24 painéis fotográficos dispostos na Tenda dos Autores. E as últimas entrevistas do dramaturgo poderão ser conferidas na igreja de Santa Rita.

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