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Pirâmides de Abusir, perto do Cairo, no Egito. | Mstyslav Chernov/Wikimedia Commons
Pirâmides de Abusir, perto do Cairo, no Egito.| Foto: Mstyslav Chernov/Wikimedia Commons

Os destroços relativamente bem preservados de um velho barco de 18 metros de cerca de 4.500 anos foram desenterrados na necrópole das pirâmides de Abusir perto do Cairo – anunciou nesta segunda-feira (1.º) a equipe de arqueólogos tchecos por trás desta “descoberta notável”.

Este barco, enterrado em uma cama de pedras perto de uma Mastaba – sepultura que tradicionalmente abrigava notáveis do Egito Antigo - deve “pertencer ao dono do túmulo, uma personalidade de altíssimo escalão”, comentou em comunicado do ministério de Antiguidades o checo Miroslav Barta, que chefia a missão.

Abusir, a cerca de 20 quilômetros ao sul do Cairo, é um sítio arqueológico que contém pirâmides de vários faraós, mas em um tamanho muito menor do que as de Gizé, no subúrbio da capital egípcia.

Axel Seedorff/Wikimedia Commons

Como a sepultura “não está localizada imediatamente ao lado de uma pirâmide real, o proprietário do túmulo provavelmente não era um membro da família real”, continuou o texto, evocando uma “descoberta notável (...) que contribuirá para compreender” técnicas de construção de barcos no antigo Egito e “seu lugar nos ritos funerários”.

“Porque onde há um barco, pode muito bem haver muitos outros”, comemorou Barta, do Instituto Tcheco de Egiptologia, que previu novas escavações na área.

“Mesmo que o barco esteja localizado a cerca de 12 metros do Mastaba ( ... ), sua orientação, tamanho e cerâmicas mostram que existe uma ligação clara entre esta tumba e o barco, os dois datando do final do terceiro ou no início da quarta dinastia, ou 2.550” do período pré-cristão, explicou o comunicado do ministério.

“As pranchas de madeira foram mantidas juntas por estacas de madeira que ainda são visíveis em sua posição original”, disse o departamento de Antiguidades. “De forma extraordinária, a areia do deserto que cobriu os materiais vegetais conservados que foram cobertas juntas” e “algumas das cordas que seguravam a estrutura do barco ainda estão no lugar”, disse.

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