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Notas

G INDICA

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Livro 1Pearl Jam TwentyJonathan Cohen e Mark Wilkerson. Projeto gráfico de Regan Hagar. Simon & Schuster, 386 págs. R$ 100 (importado). Biografia ilustrada.

Poucas bandas comemoraram tanto um aniversário quanto o Pearl Jam em seus 20 anos de trajetória. Desde o relançamento em edição especial de Ten, o primeiro álbum de estúdio, ao documentário dirigido pelo cineasta Cameron Crowe, passando pela turnê comemorativa que os trouxe a Curitiba em novembro do ano passado, o quinteto de Seattle vem colocando à disposição dos fãs uma verdadeira avalanche de produtos que passam sua carreira a limpo. As livrarias do Brasil estão importando agora o livro Twenty, cujos textos – escritos pelos biógrafos Jonathan Cohen e Mark Wilkerson – foram montados em ordem cronológica a partir de entrevistas com integrantes atuais e do passado, além de artistas como Dave Grohl (Foo Fighters), Peter Buck (R.E.M.), Ian MacKaye (Fugazi), Julian Casablancas (The Strokes), Chan Marshall (Cat Power), Pete Townshend (The Who), Jerry Cantrell (Alice in Chains), Corin Tucker (Sleater-Kinney), Bruce Springsteen e Neil Young.

Por que comprar? Twenty ainda não tem edição nacional, portanto seus textos são em inglês, mas o projeto gráfico da obra é belíssimo e vale uma boa folheada. É possível se encantar com a reconstituição em fotografias da história do Pearl Jam e da cena grunge da primeira metade dos anos 1990. (JPP)

Livro 225 Anos do Programa "A Música no Cinema" – As 101 Melhores TrilhasMárcio Alvarenga e Clésius de Aquino. Edufu. R$ 35. Resenhas.

A paixão por trilhas sonoras e o sucesso de um programa de rádio foram as principais motivações para o lançamento do livro 25 Anos do Programa "A Música no Cinema" – As 101 Melhores Trilhas. Na obra, Márcio Alvarenga e Clésius de Aquino, amigos há mais de trinta anos, discorrem sobre trilhas de filmes que marcaram época. Aliada às descrições das músicas e seus efeitos na narrativa, há histórias e informações curiosas em relação a seus respectivos compositores. O programa inspirador da obra é transmitido pela rádio da Universidade Federal de Uberlândia. Em ordem cronológica, o livro trata desde Luzes da Cidade (1931), filme de Charles Chaplin, até A Rainha (2006), de Stephen Frears. "O compositor Miklos Rozsa [que compôs a trilha de Madame Bovary, de 1949] tinha o costume de ficar no saguão do cinema para indagar ao espectador o que ele havia achado da música. ‘Nem percebi’, declaravam muitos. ‘Ótimo’, respondia Rozsa, ‘isso significa que foi perfeita", escreve Clésius na apresentação do livro.

Por que ler? As trilhas dos filmes são "destrinchadas", em média, em duas páginas, o que torna o livro, mais do que um trabalho definitivo, um guia para ser acessado a qualquer momento. O livro pode ser encontrado no sebo Raridade (R. Professor Fernando Moreira, 135), (41) 3374-1678. (CC)

CD As 4 Estações CariocasQuarteto Radamés Gnattali e Zé Paulo Becker. Independente. Preço: R$ 20. Erudito.

O elogiado grupo de câmara Quarteto Radamés Gnattali se une ao violonista Zé Paulo Becker no álbum As 4 Estações Cariocas, que traz obras de diferentes compositores inspiradas nas estações Mangueira, Madureira, Leo­poldina e Central do Brasil. O violão de Becker e o quarteto de cordas se alternam como fios condutores das músicas, que apresentam leituras contrastantes de seus temas em diferentes linguagens e formas de exploração dos instrumentos, sempre baseadas tanto no universo erudito quanto nos gêneros populares como samba, jongo, choro e polca.

Por que ouvir? A proposta do projeto – borrar as fronteiras entre erudito e popular –, além de ter seus próprios méritos, exibe resultados que concretizam a ideia com uma sonoridade autêntica e interessante. Ela é impulsionada por uma interpretação vigorosa dos músicos e enriquecida pela temática das estações – presente no imaginário brasileiro e com uma força imagética que aproxima o universo erudito das obras da experiência da canção.

O CD pode ser comprado pelo telefone (21) 3553-0818 ou pelo e-mail baluarte@baluarteagencia.com.br. (RC)

SiteObscenidade DigitalBlog literário. http://obscenidadedigital.wordpress.com

Criado por um grupo de estudantes de Comunicação Social da Universidade Federal do Paraná, o blog Obscenidade Digital reúne as experimentais e descompromissadas aspirações literárias dos integrantes. Dotados de estilos distintos, o coletivo indefinido, que vez ou outra agrega um novo autor ou participante, publica contos, trechos e diálogos de forma livre, podendo um mesmo tema ser retomado mais a frente conforme o gosto do autor.

Por que acessar? Ins­pirados por autores modernos sem necessariamente apegar-se a uma estética específica, o Obscenidade Digital reúne vozes interessantes da nova literatura marginal brasileira. Prezando por fugir ao lugar-comum, os autores exploram temas como a solidão e a vida em sociedade, expressões sensoriais e direcionam um olhar cirúrgico aos detalhes, criando ao mesmo tempo imagens incomuns e construções autênticas. (YA)

DVDInocênciaBrasil, 1983. Direção de Walter Lima Jr. Paramount. R$ 14,90.

O cinema brasileiro dos anos 1980, apesar de ter produzido clássicos como Pixote – A Lei do Mais Fraco (1981), de Hector Babenco, e Eles Não Usam Black-tie (1982), de Leon Hirzman, não é muito lembrado ou discutido. Está à sombra do Cinema Novo e foi historicamente ofuscado pela chamada Retomada. Um dos filme mais bonitos da chamada "década perdida" é Inocência (1983), inspirada adaptação do romance do Visconde de Taunay assinada por Walter Lima Jr., diretor de longas importantes como Menino de Engenho (1970), A Líra do Delírio (1978) e A Ostra e o Vento (1997). O enredo de Inocência se passa no fim do século 19, no Brasil rural, que serve de cenário exuberante para a história do amor corajoso e impossível entre Cirino (Edson Celulari) e Inocência (Fernanda Torres, em um de seus primeiros papéis de destaque, aos 17 anos). Prometida para o rico fazendeiro Manecão (Ricardo Zambelli), ela cai doente de malária, e encontra no médico Cirino alguém que possa não apenas curá-la.

Preste atenção: Vencedor do prêmio de melhor filme no Festival de Havana, em Cuba, e de melhor direção no de Brasília, Inocência tem um extraordinário trabalho do diretor de fotografia Pedro Farkas, que soube retratar o interior brasileiro. (PC)

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