A edição de 2017 do Festival de Teatro de Curitiba tem opções bastante variadas que vão além das peças teatrais. Tanto é que as cantoras Gaby Amarantos e Mart’Nália estão na programação dos próximos dias de espetáculos e prometem sacudir o público curitibano em pleno Teatro Guaíra.
Gaby Amarantos, que se apresenta pela segunda vez em Curitiba – a primeira, foi na Corrente Cultural, em 2013, em plena Boca Maldita –, faz a estreia nacional de seu novo espetáculo “Eu Sou” na próxima quinta-feira (06). A cantora diz que o objetivo do show é mexer com a emoção dos espectadores e mostrar seu “outro lado” artístico, no qual resgata suas raízes e a sua história com a música, bem diferente do estilo tecnobrega com o qual ganhou popularidade nos últimos anos.
“É um show totalmente diferente do que as pessoas esperam e estão acostumadas a ver da Gaby. É um show onde eu me empodero desse ‘eu sou’ e mostro as minhas influências. É um show que emociona, instiga, que também dá vontade de levantar da cadeira do teatro e dançar. Mas, principalmente, que vai emocionar as pessoas”, afirma a cantora paraense.
Sobre participar do Festival de Curitiba, a cantora destaca a importância do evento. “Escolhemos estrear no Festival de Teatro de Curitiba porque é um dos maiores festivais do País. É um público que gosta de música, que gosta de ir ao teatro e esse show está sendo pensado justamente para este público”, diz Gaby, que também elogia o palco da apresentação. “O Guairão é um teatro lindo, sempre tive muita vontade de me apresentar nele, por todas as suas qualidades. E o Festival é o melhor lugar para fazer a estreia desse show, para abrir esse projeto com chave de diamante”, brinca.
Linguagem
Gaby fala que o espetáculo marca uma “nova linha” na sua carreira, mas sem deixar de lado o estilo popular, com banda e multidão, que a tornou conhecida. “Há muito tempo eu tinha vontade de fazer um show com essa linguagem. Quero mostrar para as pessoas que eu sou uma artista diversa”, explica, referindo-se ao estilo que, segundo ela, “estava adormecido”, uma vez que começou sua carreira cantando estilos de músicas que passeavam entre a MPB e o samba. “Será um passeio por todas as minhas influências musicais, dos compositores que eu gosto, que eu ouvia quando criança”, comenta.
A cantora se apresenta ao lado do violonista Danilo Goto e do percussionista Mario Negrão, sob direção de Gareth Jones, e participação da VJ Elka Andrello.
Depois da estreia em Curitiba, “Eu Sou” deve seguir turnê por outras cidades brasileiras, começando por São Paulo, e no exterior.
Encerramento
Já a cantora Mart’nália foi convidada para fazer o encerramento do Festival, no domingo (09), com o show “+Misturado”, resultado de seu mais novo álbum, o 11.º de sua carreira, lançado em janeiro.
O álbum “+ Misturado” aposta na personalidade artística plural da cantora, com releituras de compositores fundamentais em sua formação. O disco traz ainda releituras e duetos como “Si tu pars”, do congolês LokuaKanza. Também estão no repertório as músicas: “Ninguém conhece ninguém” – gravado em 1976 por seu pai, Martinho da Vila; “Estrela”(Gilberto Gil), “Tempo de Estio” (Caetano Veloso), “Linha do Equador”(Djavan/Caetano Veloso), “Ela disse-me assim” e “Loucura”, de Lupicínio Rodrigues.
Diversidade
A escolha das cantoras para a mostra reforça a preocupação da curadoria do Festival de Teatro de Curitiba em dar espaço e voz às mulheres e ao debate sobre a diversidade. “O show do novo disco de Mart’nália traz a cena de alta voltagem teatral da cantora e compositora cuja presença toca diversas marcas sociais como raça, classe, performance, gênero e identidade”, destacaram os curadores do Festival, Guilherme Weber e Marcio Abreu.
