Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Chechênia

Atriz Hilary Swank se diz arrependida por participar de festa de ditador

Hilary afirmou que não sabia do histórico de abuso de direitos humanos de Kadyrov, ligado a desaparecimentos de pessoas, incêndio de casas e assassinatos

A atriz americana e ganhadora de dois Oscar Hilary Swank afirmou estar "profundamente arrependida" por ter participado do aniversário de Ramzan Kadyrov, controverso ex-rebelde apoiado pela Rússia que controla a Chechênia. Hilary afirmou que não sabia do histórico de abuso de direitos humanos de Kadyrov, ligado a desaparecimentos de pessoas, incêndio de casas e assassinatos.

"Eu me arrependo profundamente por ir a esta festa", escreveu a atriz numa mensagem à agência de notícias Associated Press, "Se eu soubesse as verdadeiras intenções deste evento, jamais teria ido".

A mensagem de Hilary foi enviado logo após uma organização de direitos humanos chamada Human Rights Foundation ter criticado a participação da atriz, além do comparecimento do belga Jean-Claude Van Damme e da violinista Vanessa Mae, à festa do ditador. A organização chegou a pedir a devolução do cachê recebido pelo artistas. Rumores afirmam que Vanessa teria recebido algo em torno de US$ 500 mil.

"É inapropriado que artistas sejam pagos para celebrar com ele (Kadyrov). Isto valoriza a sua imagem e legitima um líder brutal", escreveu a Human Rights Foundation nesta terça-feira.

No dia 5 de outubro, os três artistas participaram de um evento para celebrar os 35 anos do ex-rebelde checheno. Durante as comemorações, Hilary fez um discurso sobre como o governo da Chechênia era comprometido com a paz. Já Van Damme teria acabado o seu pronunciamento com um "eu te amo, Kadyrov". Em seu pedido de desculpas, entretanto, a atriz não comenta o aniversário do ditador.

Kadyrov é um ex-rebelde checheno que começou a lutar pela independência de sua província natal ainda na adolescência. Reza a lenda que ele teria matado seu primeiro soldado russo aos 15 anos. Depois da segundo guerra da Chechênia, porém, Kadyrov mudou de lado e se aliou a Moscou. Uma série de opositores de Kadyrov morreram nos últimos anos na Rússia, em Dubai e na Áustria, mas o ditador nega envolvimento em todas as mortes, alegando se tratarem de uma tentativa de difamá-lo.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.