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Michael Jackson: de rei a mártir do pop | Divulgação
Michael Jackson: de rei a mártir do pop| Foto: Divulgação

A morte repentina de Michael Jackson pode representar um golpe enorme para a empresa AEG Live, promotora de sua série ansiosamente aguardada de 50 shows em Londres, e também para os fãs que pagaram muito acima do preço oficial para conseguir alguns dos cobiçados ingressos para as apresentações.

A série de shows na 02 Arena estava prevista para começar em 13 de julho, e os organizadores ainda não decidiram exatamente como vão reembolsar os fãs por ingressos comprados diretamente deles ou revendedores autorizados, sem falar dos ingressos comprados de revendedores não autorizados, sites de leilões online e cambistas.

O site britânico da AEG Live divulgou um comunicado breve sobre a morte de Jackson e acrescentou: "Outro anúncio será feito em momento oportuno para as pessoas que adquiriram ingressos."

Reembolsar o valor nominal de alguns dos estimados 750 mil ingressos vendidos não deverá ser a única dor de cabeça da AEG Live.

A empresa já teria investido entre 20 e 30 milhões de dólares na produção, isso sem contar um possível adiantamento pago a Jackson.

E a 02 Arena, que aparece na lista de locais de shows que a AEG opera ou da qual é proprietária, agora tem 50 noites pela frente sem estar ocupada, para algumas das quais terá que tentar encontrar uso no curto prazo.

A exposição financeira da AEG Live vai depender em parte do seguro que fez pela série de 50 concertos.

De acordo com especialistas do setor, quando a série de concertos foi anunciada, em março, a promotora de concertos, subsidiária do Anschutz Entertainment Group, inicialmente encontrou demanda entre seguradoras.

"Acho que o que aconteceu foi que quando o corretor da AEG Live começou a procurar seguradoras para cobrir os 10 concertos inicialmente previstos, houve muito interesse das seguradoras", disse Jonathan Swift, editor da publicação especializada Post.

"Mas quando o número de shows previstos aumentou, muitas empresas deixaram de estar tão interessadas."

Em março foram expressas dúvidas quando à capacidade de Michael Jackson fazer uma série tão longa de apresentações, em meio a preocupações quanto a sua saúde, e essas dúvidas persistiram até sua morte repentina, na quinta-feira.

Em março, o executivo-chefe da AEG Live, Randy Phillips, foi citado pelo jornal Telegraph como tendo dito que a empresa estaria preparada para fazer seu próprio seguro.

Na época do anúncio, Phillips disse à Reuters que Michael Jackson tinha sido aprovado num exame físico de 4 horas e meia feito por médicos independentes. Ele também disse que o cantor poderia faturar "bem acima de 400 milhões de dólares" num contrato de longo prazo com a AEG.

O valor oficial dos ingressos para os shows de Jackson foi divulgado como entre 50 e 75 libras (83 a 124 dólares), mas um par de ingressos VIP para o show inaugural foi oferecido no eBay por 16 mil libras.

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