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Rafael Coutinho, um dos curadores da Bienal de Quadrinhos de Curitiba na nova Gibiteca. | Flávio Rocha /
Rafael Coutinho, um dos curadores da Bienal de Quadrinhos de Curitiba na nova Gibiteca.| Foto: Flávio Rocha /

“É um momento especial na produção nacional de quadrinhos. Em um gráfico teríamos uma reta vertical mostrando um crescimento da produção editorial em todos os gêneros”, analisa o desenhista Rafael Coutinho.

Ele é um dos seis curadores convidados da Bienal de Quadrinhos de Curitiba, o evento que acontece de 8 a 11 de setembro no MuMa - Portão Cultural, e foi anunciado na noite da ultima segunda-feira (9) durante a reinauguração da Gibiteca.

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A Gibiteca de Curitiba foi reinaugurada na terça-feira (9) no Solar da Baronesa, mesmo local onde ela foi instalada em 1988, seis anos após ser criada pelo arquiteto Key Imaguire jr. A Fundação Cultural de Curitiba (FCC) decidiu devolver a Gibiteca ao espaço que antes abrigava o Museu da Fotografia.

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A bienal é a sucessora da Gibicon - Convenção Internacional de Quadrinhos de Curitiba, que acontece desde 2011, e já tinha alcançado o status de terceiro evento mais importante do país no segmento, atrás apenas da Comic Con (São Paulo) e FIQ (Belo Horizonte).

Segundo Fabrizio Andriani, um dos idealizadores da Bienal, a mudança de nome e a reformulação da estrutura do evento servem para ampliar seu alcance para além dos quadrinhos e celebrar o bom momento da indústria.

“Queremos criar uma identidade que consiga dar conta de todo o universo que envolve os quadrinhos, no qual a questão da cultura pop dos quadrinhos de heróis e das grandes franquias são uma parte importante, mas não a principal”, diz.

Ele conta que a edição deste ano irá focar em um tipo de produção independente que tem “mais relação com a literatura, com a contestação politica e social”.

“Por isso fizemos uma curadoria com pessoas importantes de Curitiba, mas também de outros lugares do Brasil para podermos ver este cenário por inteiro”.

No grupo de curadores, além de Coutinho, estão os curitibanos André Caliman, Ibraim Roberson, Antônio Éder e Mitie Taketani, o jornalista carioca Heitor Pitombo e o editor gaúcho Lobo.

Eles escolheram nomes do cenário brasileiro como Shiko, Alan Sieber, Adão Iturrusgarai e pesos pesados como Jaguar e Laerte. Há ainda a expectativa de que as exposições Ocupação Angeli e Ocupação Laerte, que ficaram expostas no Itaú Cultural em São Paulo em 2014 sejam trazidas para o MuMa.

Homenagem

O grande homenageado do ano, que ganhará o prêmio Claudio Seto e uma exposição de seus originais, é o veterano Ilustrador Benício. Com 80 anos, o artista carioca é famoso pelas ilustrações em revistas pulp-fiction, capas de discos e cartazes de filmes, produzidos em mais de cinquenta anos de trabalho.

Bienal de Quadrinhos de Curitiba

De 8 a 11 de Setembro no MuMa Portão Cultural (Av. República Argentina, 3.432, Portão)

Entre as atrações internacionais, o destaque é a israelense Rutu Modan, vencedora do prêmio Eisner de 2013, premiação máxima da indústria de quadrinhos norte-americana.

Também está programada uma mostra de curtas metragens com filmes do catálogo do festival internacional Anima Mundi.

Para a organizadora da Bienal Luciana Falcon, mais importante do que a escalação de convidados, são as mudanças conceituais da Bienal.

“Queremos promover mais trocas com a sociedade, fazer os expositores participarem mais do evento e não apenas venderem seus produtos e fazer mais reflexões a partir dos quadrinhos”, diz.

Ela disse que a expectativa é superar o tamanho da terceira edição da Gibicon de 2014, que contou com a presença de David Lloyd e do coreano Kim Jung Gi e atraiu mais de 20 mil pessoas ao MuMa.

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