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Bob Wolfenson fez carreira  no meio editorial. | Divulgação
Bob Wolfenson fez carreira no meio editorial.| Foto: Divulgação

Walter Firmo é famoso pelo uso da cor e por retratar figuras como Dona Ivone Lara e Cartola. Bob Wolfenson é responsável por vários editorais de moda e por capas da revista “Playboy”. Os dois gigantes da fotografia brasileira se encontram em Curitiba na quinta-feira (13) para debater o uso da fotografia como expressão artística no Conversarte.

O bate-papo será no Teatro Bom Jesus, com mediação do fotógrafo Alexandre Mazzo, editor de fotografia da Gazeta do Povo.

Esse é o segundo dos cinco eventos que serão promovidos até novembro pela Montenegro Produções Culturais, que tem a intenção de discutir e promover a produção atual de arte contemporânea.

Walter Firmo é aclamado pelo uso que faz da cor. Divulgação

“Quero falar que o documento fotográfico é um ato de conhecimento”, diz Walter Firmo em entrevista por telefone desde o Piauí, onde trabalha em um novo projeto para documentar a região.

“Tenho uma namorada aqui, então venho muito para cá e fico arrumando ainda mais trabalho. Sou que nem soldado, que gosta de trabalhar na folga”, brinca Firmo, que também trará filosofia em sua fala ao público curitibano. “Usarei o [filósofo Martin] Heidegger, aquele alemão chato”, diz.

O jornalismo é a base de Firmo, que ganhou prêmios como o Esso, em 1963, pelo projeto “Cem dias na Amazônia de ninguém”. Mas ele se define como um “poeta da fotografia”.

Sou um poeta da fotografia, gosto de trabalhar com sonho. Por isso eu considero a minha fotografia leve, de encantamento.

Walter Firmo, fotógrafo.

“Minha fotografia é leve, de encantamento”, diz. Também venceu, por sete vezes, o Concurso Internacional de Fotografia Nikon e dirigiu, de 1986 a 1991 o Instituto Nacional de Fotografia da Fundação Nacional de Arte (Funarte). “Ficar atrás de uma mesa não me incomodou. Sou geminiano, gosto de novidades.”

Arte e reportagem

Financiar os trabalhos autorais com os comerciais é uma espécie de regra na fotografia. Não foi diferente para Bob Wolfenson, cuja carreira começou na Editora Abril.

Serviço

Conversarte

Teatro Bom Jesus (R. 24 de Maio, 135 – Centro). Quinta-feira (13), às 20 horas. R$ 26 e R$ 16 (meia-entrada). R$ 40 pelo passaporte para esse e os outros três encontros. A exposição “Filling Ocean” fica em cartaz no foyer do teatro até 24 de agosto, com entrada franca.

“No começo, essa não era uma questão para mim. Depois, comecei a realmente pensar que havia uma separação. Mas um precisa do outro, inclusive, para alimentar esteticamente. Advogo a ideia de transitar por várias linhas da fotografia”, frisa ele, um defensor das novas tecnologias digitais. “Fotografar ficou mais fácil, e o digital é espetacular. Mas também se franqueou a muita gente se autodenominar fotógrafo”, diz.

Além do debate entre os fotógrafos, o Conversarte exibe, no hall do teatro, a exposição “Filling Ocean”, do fotógrafo e artista visual curitibano Guilherme Zawa. Na mostra, o público poderá ver sete imagens que ilustram o mar – o trabalho começou em 2010, e retratou praias habitadas por pescadores, na região sul do Brasil.

O público pode ver as fotografias gratuitamente, até o dia 24 de agosto.

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