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Polêmica

Grã-Bretanha quer que cantores sejam honestos sobre playbacks

Depois de uma briguinha infame entre Elton John e Madonna sobre dublagem de músicas ao vivo, o Sindicato dos Músicos da Grã-Bretanha pediu aos artistas que sejam honestos: o público deve saber se eles estão usando playback em suas apresentações ou cantando de fato.

O sindicato está pedindo que patrocinadores, produtores e artistas apóiem sua campanha para que o uso de playbacks seja claramente anunciado durante os shows na televisão e no palco.

"Assumam e sejam honestos com relação a isso. Não iremos censurá-los por usar gravações", disse o porta-voz do sindicato Keith Ames, cansado das bandas que usam cantores que dublam e guitarristas que fingem tocar.

- Se vamos vender a música britânica em todo o mundo, não podemos sair sem um produto genuíno. Não se pode vender artificialidade aos europeus e americanos. Eles vão perceber isso imediatamente.

O sindicato sugeriu que um logo de playback poderia aparecer num canto da tela da TV ou em pôsteres e ingressos dos shows.

- Esta campanha pretende recompensar os artistas que têm talento para se apresentarem ao vivo - disse Ames.

Ele destacou que o sindicato não se opunha ao uso da tecnologia, principalmente em pequenos teatros, onde os produtores não conseguiriam pagar uma orquestra completa.

- Isso tem a ver com os consumidores sabendo o que estão comprando - disse.

A questão chegou às manchetes quando o veterano do pop britânico Elton John cutucou Madonna, dizendo que ela trapaceava seus fãs ao dublar suas músicas no palco.

Durante uma cerimônia de premiação em 2004, ele atacou Madonna ao saber que ela havia sido indicada para a categoria de melhor apresentação ao vivo.

- Qualquer um que usa playback em público no palco, quando você paga 75 libras para vê-lo, deveria levar um tiro - disse John.

Madonna negou o uso de playback e disse que não gastava seu tempo injuriando outros artistas.

A campanha do sindicato foi lançada no "The culture show", da emissora de televisão BBC, com uma pesquisa mostrando que 71% dos entrevistados apoiavam a questão.

Malcolm McClaren, ex-agente dos Sex Pistols, disse:

- Não há bastante originalidade na indústria pop. É uma cultura de karaokê.

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